São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Vendas de títulos pelo Tesouro Direto batem recorde

JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A venda de títulos públicos federais para pequenos investidores por meio do Programa Tesouro Direto bateu recorde de R$ 128,4 milhões em janeiro, mês marcado pela crise financeira internacional e pela queda de mais de 6% da Bovespa.
Os investidores do programa, que permite fazer aplicações diretamente no site do Tesouro Nacional, preferiram a compra de títulos prefixados, aqueles em que já se sabe a rentabilidade no momento da compra. O segundo investimento na preferência dos pequenos investidores foram os títulos que rendem de acordo com a inflação.
"É natural que as pessoas busquem proteção contra o aumento da inflação neste momento. Os títulos indexados a índices de preços oferecem rentabilidade equivalente aos juros reais", disse o gerente-adjunto de relacionamento institucional da Dívida Pública, André Proite.
O estoque total da dívida interna nas mãos de pequenos investidores por meio do Tesouro Direto é de R$ 1,4 bilhão. Pela primeira vez desde julho de 2005, os títulos indexados à inflação, como o IPCA, foram maioria no estoque. Representam 41% do total.
O Tesouro Direto é uma forma mais barata de aplicação em renda fixa do que os fundos administrados pelos bancos. Para comprar títulos públicos diretamente do Tesouro, o investidor deve escolher um agente de custódia, como um banco ou corretora de valores, credenciado pelo governo. Esse banco ou corretora vai fornecer ao investidor uma senha para que ele possa operar sozinho no site do Tesouro Nacional.
O agente de custódia define a taxa de corretagem a ser cobrada do cliente. O investidor deve comparar esses preços, pois muitas corretoras não cobram pelo serviço. Basta se cadastrar para receber a senha de acesso. Além da taxa de corretagem, o investidor paga 0,4% ao ano sobre o valor investido para a CBLC (Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia) pela manutenção do investimento.
A participação dos pequenos investidores no total da dívida pública ainda é pequena, se comparada com países desenvolvidos. Segundo Proite, as aplicações por meio desse programa representam apenas 0,1% da dívida federal interna. Nos EUA, 1% da dívida foi comprada diretamente por pequenos investidores; na Suécia, 5%.


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