|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dados dos EUA voltam a preocupar
Índice de confiança do consumidor atinge menor nível desde 1992, quando país estava em recessão
Preço de itens importados subiu 13,7% em janeiro em relação a igual mês de 2007; é o maior aumento anual
pelo menos desde 1983
Jim Bounds - 3.fev.08/Bloomberg News
|
|
Consumidores em rede varejista nos EUA; confiança tem queda
DA REDAÇÃO
Os dados econômicos divulgados ontem aumentaram as
preocupações sobre os rumos
da economia americana. O índice de confiança do consumidor americano atingiu neste
mês o seu menor nível desde fevereiro de 1992, período em
que a economia dos EUA enfrentava recessão. Segundo a
estimativa preliminar da pesquisa Reuters/Universidade de
Michigan, o índice ficou em
69,6 pontos, com queda de
11,2% em relação a janeiro.
"As quedas anteriores dessa
magnitude sempre foram associadas com recessões subseqüentes", afirmou Richard
Curtin, diretor da pesquisa.
A parte do índice que mede as
expectativas dos consumidores
caiu de 68,1 pontos para 59,4
pontos, um sinal de que eles estão menos dispostos a gastar
-o dado é ainda mais preocupante levando em conta que os
gastos dos consumidores respondem por 70% da atividade
econômica dos EUA. O levantamento também mostrou que
metade dos consumidores espera queda na renda e aumento
do desemprego neste ano.
Segundo a pesquisa, 86% dos
entrevistados disseram acreditar que a economia americana
já está em recessão. Esse é o
maior índice desde 1982, quando os EUA atravessavam um
dos piores momentos econômicos desde a Segunda Guerra.
Outra dado negativo divulgado ontem foi o preço dos produtos importados, que subiu
1,7% no mês passado -em dezembro, houve queda de 0,2%.
Na comparação com janeiro de
2007, a alta foi de 13,7%, a
maior desde 1983, quando o
Departamento do Trabalho começou a medir o índice.
Os preços do petróleo importado subiram 5,5% e foram os
que tiveram maior impacto. A
alta do produto na comparação
com janeiro do ano passado foi
de 66,9%.
Já os preços dos itens exportados se expandiram em 1,2%
em janeiro, uma alta de 0,8
ponto percentual na comparação com o mês anterior, apontando que as empresas norte-americanas estão cobrando
mais por produtos industrializados e agrícolas.
A nova alta no preço dos importados, além do impacto na
inflação, pode ter influenciado
as compras dos consumidores,
injetando menos dinheiro em
uma economia que se desacelerou no último trimestre.
O plano do governo dos EUA
para estimular a economia, assinado nesta semana pelo presidente George W. Bush, consiste basicamente em adiantar
a restituição do Imposto de
Renda para que os consumidores possam gastar mais, buscando impedir uma recessão.
Os cheques com a ajuda (que
ficará entre US$ 600 e US$
1.200 em boa parte dos casos)
devem chegar na casa dos contribuintes a partir de maio.
Com "New York Times" e "Financial Times"
Texto Anterior: Poupança: Crédito para casa própria soma R$ 1,6 bi Próximo Texto: Para Greenspan, EUA estão à beira da recessão Índice
|