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Para Greenspan, EUA estão à beira da recessão
DA REDAÇÃO
O ex-presidente do Fed
(Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos)
Alan Greenspan afirmou anteontem que a economia
americana está "claramente
à beira" de sua primeira recessão desde 2001.
No final do mês passado, o
antecessor de Ben Bernanke
no comando do Fed afirmou
que os Estados Unidos "chegaram ao ponto de estar à
beira" da recessão.
Greenspan voltou a dizer
que as chances de uma recessão são de "50% ou mais".
Nos primeiros meses de
2007, ele calculava que a probabilidade era de um terço.
Segundo ele, os Estados
Unidos já estariam em recessão caso as empresas não estivessem tão bem capitalizadas -graças aos juros baixos
dos últimos anos.
"As companhias americanas estavam em ótima forma
antes de acontecerem os
problemas. Se não fosse isso,
estaríamos falando sobre
quão longa e quão profunda
[seria a recessão]. Ainda não
chegamos a esse ponto."
Ele afirmou que a situação
não irá melhorar enquanto
os preços do mercado imobiliário não pararem de cair e
os bancos chegarem a um
número definitivo sobre
seus prejuízos. De acordo
com o ex-dirigente do Fed,
quando as instituições financeiras calcularem suas perdas, elas deverão voltar a facilitar os empréstimos para
os consumidores.
Greenspan não disse
quando prevê que irá melhorar a situação do país, mas
afirmou que "ainda temos
um longo caminho a percorrer". "Esse tipo de problema
irá ficar mais intenso."
Bernanke sinalizou, em
depoimento anteontem no
Senado americano, a possibilidade de um novo corte na
taxa básica de juros. Ele disse
que o Fed vai agir "de maneira adequada" para garantir o
crescimento da economia
dos Estados Unidos.
A expectativa no mercado
é a de que o BC dos Estados
Unidos volte a cortar os juros
na reunião do próximo mês.
O organismo reduziu em 1,25
ponto percentual a taxa no
mês passado -o primeiro
corte foi feito em reunião extraordinária, o que não acontecia desde os ataques terroristas ocorridos em 11 de setembro de 2001.
A taxa básica está atualmente em 3% ao ano, o menor nível desde maio de
2005. Até 18 de setembro de
2007, estava em 5,25%.
Com agências internacionais
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