São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

FUTURO EXPLOSIVO
Os negócios com contratos futuros de boi gordo atingiram 119,6 mil negociações em janeiro, 257% mais do que em igual período de 2007. Assim como os contratos futuros, as opções também vêm registrando mais negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros.

LIQUIDEZ
Dois motivos são fundamentais nessa elevação, avalia Fábio Dias, diretor-executivo da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores). Primeiro: com o crescimento da atividade, um número maior de confinadores e de indústrias foi à Bolsa em busca de proteção.

MUDANÇA DE ATIVO
Além disso, Diaz diz que o volume e a liquidez desse mercado de boi atraíram fundos de investimento voltados para outras commodities, como café. Pecuaristas, frigoríficos e indústrias de alimentos vão olhar cada vez mais com maior atenção para o mercado, diz ele.

TERRAS
Presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp, o ex-ministro Roberto Rodrigues concorda que a tendência é que 2008 seja mais um ano de valorização da terra no país. "Em certas regiões de fronteira, o preço pode até duplicar", diz.

DESMATAMENTO
Rodrigues considera inevitável que aumente o desmatamento no limite das áreas de fronteira agropecuária. O ex-ministro cita estudo da FAO, que aponta para aumento de 42% na necessidade de produtos agrícolas em 20 anos.

NÃO SÓ PRODUTIVIDADE
Para atender essa demanda, a própria FAO estima que 80% desse volume adicional virá do aumento de produtividade das áreas já cultivadas. Os outros 20%, de novas áreas. Por isso, segundo Rodrigues, "a questão das fronteiras precisa ser discutida no país".

ACELERAÇÃO
Os preços do álcool tiveram forte reação nas usinas nesta semana. Acompanhamento do Cepea indicou que o hidratado foi negociado, em média, a R$ 0,7078 por litro na porta das usinas, com aumento de 5,1% na semana.

SALTO MENOR
Já o álcool anidro -que é misturado à gasolina- subiu para R$ 0,7894 por litro, com evolução semanal de 3,68%. Esses preços apurados pelo Cepea não incluem tributos.

RECUO DE RECEITAS
As cooperativas paulistas elevaram em 12% o volume exportado em 2007, puxado por açúcar e álcool. Mas o faturamento com açúcar caiu para US$ 1,07 bilhão, 4% menos do que em 2006. Na avaliação da Ocesp (organização das cooperativas paulistas), a queda do açúcar motivou o recuo.


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