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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Década foi "perdida" para investidor global de ações
Os primeiros anos do século
21 foram uma década perdida
para investidores globais em
ações. O índice mundial MSCI
deu retorno próximo de zero.
Mercados emergentes, porém, brilharam com um retorno anualizado de 10%, de acordo com um relatório publicado
pelo banco Credit Suisse.
Deveriam os investidores focarem em países com esperança de recuperação ou naqueles
que experimentam alto crescimento? É "valor antigo versus
dilema do crescimento, mas em
escala global", diz o relatório.
A observação de 83 países ao
longo de 110 anos não dá evidência de que investir em economias em crescimento produziu retorno superior.
"Consideramos, entretanto,
que mercados de capitais incorporam expectativas de futuro crescimento econômico",
afirma o estudo. "Quando os
mercados se recuperam, as
economias tendem a ir atrás."
Nas turbulências de 2008 e
do começo de 2009, eles também sofreram e abalaram a fé
de investidores na teoria do
descolamento e na diversificação como caminho para resguardar valores das carteiras.
Na recuperação, o panorama
mudou.
A tabela mostra alguns dos
países correntemente classificados como emergentes.
Entre 9 de março e 31 de dezembro de 2009, os maiores retornos foram de Hungria, Turquia, Indonésia, Índia e Brasil.
Na média, o índice MSCI de
países emergentes registrou alta de 108% no período.
Os autores concluíram que a
estratégia de investir em economias com altas taxas de crescimento falhou em dar melhores retornos no longo prazo. Isso não quer dizer que não se deva investir em emergentes.
"Investidores globais devem
se assegurar de terem suas carteiras diversificadas com ações
de economias de lento e rápido
crescimento."
PASSOS 1
As 19 unidades fabris
da Vulcabras/Azaleia na
Bahia receberão investimento neste ano. A companhia destinará R$ 14,6
milhões, sendo R$ 9,6
milhões para a ampliação
da capacidade produtiva.
De acordo com a empresa, a decisão de investimento foi tomada em razão da tarifa antidumping provisória de US$
12,44 por par de calçado
importado da China, aplicada pela Camex.
PASSOS 2
Para este ano, a calçadista quer aumentar o
quadro de pessoal. A meta é fechar 2010 com
18.513 empregados na
Bahia -881 funcionários
a mais que o número de
colaboradores de dezembro de 2009. A produção
de calçados acompanhará o plano de expansão da
empresa, que espera fechar o ano com 114,5 mil
pares diários.
ENERGIA RENOVÁVEL
O capim-elefante,
mais conhecido no Brasil pelo uso em pastagem, vai se transformar
em energia renovável
na Califórnia. A empresa California Renewable Energies se prepara
para iniciar as obras de
uma usina termelétrica
movida à capim-elefante, com capacidade de
50 MW. A empreitada é
liderada pela americana
Nathalie Hoffman.
Ela descobriu a planta em uma de suas viagens ao Brasil, depois
que seu projeto de produzir etanol a partir da
cana na Califórnia não
vingou. "Tive dificuldade de conseguir contratos de longo prazo para
o fornecimento de etanol e resolvi partir para
a produção de energia
renovável", diz ela. "O
capim-elefante é uma
biomassa mais eficiente
que a cana e mais barata de plantar." Para reduzir custos, a usina ficará ao lado da plantação, no Imperial Valley
-região desértica no
sudeste da Califórnia
que recebe sol o ano inteiro. A planta vem sendo estudada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
há mais de uma década,
mas o uso é pouco difundido. Hoffman contará com a ajuda de
agrônomos e engenheiros brasileiros e já firmou quatro contratos
de longo prazo com
companhias municipais
de energia. A queima do
capim deve começar em
setembro de 2013.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e MARIANA BARBOSA
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