São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Telefonia lidera ranking de reclamações do Procon-SP

Telefônica foi a empresa que teve mais queixas registradas na capital em 2006

Desde 1998, setor aparece nas principais posições da lista; Vivo, Embratel e Claro estão entre os 5 primeiros, ao lado do Parque do Gugu


TATIANA RESENDE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O setor de telefonia lidera o ranking do Procon-SP, divulgado ontem, Dia Internacional do Consumidor, com quatro das cinco empresas com mais reclamações na cidade de São Paulo no ano passado. A Telefônica ocupa a primeira posição, com 11% das queixas (2.262), seguida da Vivo (1.076) e da Embratel (916).
Na quarta colocação, está a única empresa fora do segmento, o Parque Aquático do Gugu, com 829 reclamações. A Claro, que liderava a lista em 2005, agora figura na quinta posição, com 534 queixas. Desde 1998, o setor sempre aparece nas principais posições.
O diretor-executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer, disse que os problemas têm sido encaminhados para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que regula o segmento. "A conversão de pulsos para minutos neste ano, dando mais transparência às cobranças, pode diminuir esse número. Ou aumentar, pois estamos insatisfeitos com a forma como as operadoras estão informando o consumidor sobre a mudança", afirmou.
A medição por pulsos, que dificulta o controle do usuário, é uma das principais reclamações na telefonia fixa, ao lado de cobrança indevida e de serviços não solicitados, como verificador de chamadas, e o cancelamento ou bloqueio da linha, mesmo com pagamento em dia.
Nas operadoras de telefonia móvel, a oferta de planos promocionais feita de maneira inadequada responde pela maior parte das queixas. "As informações são insuficientes, e os clientes não sabem, por exemplo, que existe uma cláusula de fidelidade no contrato", disse.
Os clubes levaram os serviços privados a ter 22,87% das reclamações. Além do Parque Aquático do Gugu, a Candeias Esporte Lazer e Recreação e a Rusk, que faz consultoria e serviço de cobrança para os dois, figuram na lista das dez principais empresas do ranking.
Clientes que não freqüentavam os clubes havia anos ou que nunca foram sócios começaram a receber cobranças retroativas de taxas de manutenção e foram ameaçados de ter o nome incluído no serviço de proteção ao crédito.
O Ministério Público do Estado de São Paulo já havia entrado com uma ação civil pública, no ano passado, contra nove clubes do país e a Rusk.
Completam a lista Gradiente e Siemens BenQ, com queixas sobre problemas do display do celular e baterias que não seguram a carga, entre outros, e a Easy Buy, acusada de enviar produtos, supostamente comprados pela internet, sem a solicitação do consumidor.
Os assuntos financeiros, que incluem bancos, financeiras e operadoras de cartão, têm 18,15% das reclamações.


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