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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Austin vê crescimento do PIB brasileiro abaixo de 1% em 2009
A Austin Rating revisou suas
projeções para a economia brasileira após a queda de 3,6% no
PIB (Produto Interno Bruto)
do terceiro trimestre de 2008 e
o corte de 1,5 ponto percentual
no juro básico brasileiro. Agora,
a consultoria projeta crescimento de 0,7% para o PIB do
país em 2009. Até semana passada, a perspectiva era de alta
de 2,2%.
Segundo o economista-chefe
da Austin, Alex Agostini, a expectativa no início do ano era
de que os pacotes de estímulo
dos governos mundiais tivessem efeito já no primeiro semestre e garantissem a estabilidade e o crescimento da economia. Com a divulgação de dados
negativos em todo o mundo, a
Austin revisou para baixo diversas de suas projeções.
Para Agostini, a forte desaceleração do PIB brasileiro, que
cresceu 5,1% em 2008, fará de
2009 um ano de ajustes. Todas
as empresas terão de buscar
equilíbrio em suas contas e isso
envolve produção, custos, eficiência e quadro de vagas.
"Essa queda na expansão do
PIB significa desemprego
maior, renda da população e lucro das empresas menores, baixo nível de investimentos e
queda nas importações e exportações", afirma Agostini.
A perspectiva mais fraca de
crescimento neste ano também
levou a consultoria a projetar
uma taxa básica de juro menor.
A Austin espera outro corte de
1,5 ponto percentual na Selic na
reunião de abril do Copom (Comitê de Política Monetária), do
Banco Central. Com a redução,
a Austin vê o juro básico em
9,75% ao ano.
A alta na taxa básica de juros
é adotada pelo governo para o
controle da inflação. Mas, mesmo com a expectativa dela vir a
cair, a consultoria reduziu a
projeção de inflação para 4,3%
neste ano. "Com a demanda desaquecida, fica difícil para as
empresas aumentarem os preços", diz.
Apesar das mudanças nas demais projeções, a Austin manteve a perspectiva do câmbio e
acredita que o dólar encerrará o
ano cotado a R$ 2,20.
SEGURO
Cresce o número de concessionárias que tentam
atrair clientes oferecendo
seguro-desemprego. Agora,
é a vez da rede Grand Brasil,
que oferece o produto gratuitamente a quem comprar
um carro por meio de financiamento. A promoção é válida para compras de novos e
usados até 31 de março. A rede tem 12 concessionárias
em São Paulo e na Baixada.
ADIADO
A Medial Saúde adiou a
construção de três hospitais
em SP por conta da crise, informa a Bloomberg.
PROTESTOS
Em fevereiro foram protestados 66.607 títulos em
São Paulo -queda de 28%-,
segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da
seção São Paulo.
KIT COMPLETO
A Nupi Brasil, fabricante de soluções para postos de serviços, começou a oferecer neste ano todos os produtos para o
sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis
dos postos de abastecimento. Antes a empresa, joint venture
entre a brasileira Poly Easy e a italiana Nupi S.P.A, fornecia
apenas equipamentos de tubulação, que respondem por 25%
de um mercado que movimenta R$ 60 milhões ao ano no
Brasil. Segundo Laércio Lopes, diretor da Nupi Brasil, a empresa seguia o modelo italiano de atuação -de vendas por
peças-, mas precisou se reestruturar porque os postos brasileiros demandam um atendimento completo. Com os novos produtos agregados, a empresa pretende aumentar de
5% para 20% sua participação no mercado. Se concretizada,
a expansão representa uma alta de 300% no faturamento.
FRANÇA
"As marcas Arezzo, Bob's,
IGUI, Hering, Morana, Mar
Rio, O Boticário e Via Uno
estão na França participando da Franchise Expo Paris,
principal evento de negócios
em franquias da Europa, que
vai até 16 de março."
FRANQUIAS
A iniciativa faz parte de
um acordo de incentivo a exportação de franquias entre
a Apex-Brasil e a ABF (associação de franchising) que
recebeu investimentos de
US$ 1,5 milhão. Entre os resultados do projeto, que teve
início em 2005, estão 41 unidades abertas em 17 países.
CONFIANÇA
Mesmo com a crise, a confiança dos brasileiros cresceu em todas as instituições,
segundo o 10º Estudo de
Confiança da Edelman, feito
com 4.500 pessoas no mundo. O governo continua a ser
a instituição com menor
grau de confiança, mas foi a
que mais cresceu no ano.
TIME
Em meio a onda de desemprego, o mais importante para a reputação de uma empresa ainda é o tratamento
que ela dá a seus funcionários, informa a pesquisa. O
item foi assinalado por 98%
dos entrevistados.
com CRISTIANE BARBIERI (interina), JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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