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Mercados esperam por inflação e taxa de juros
BC dos EUA define juros na
quarta; Copom divulga ata
DA REPORTAGEM LOCAL
Inflação e juros são os temas
que dominarão a semana. Nos
EUA haverá a decisão do BC sobre a taxa básica do país, e serão
divulgados importantes índices
de preços; no Brasil, será apresentada a ata do Copom.
A semana começa com a divulgação do desempenho da indústria e o nível de utilização da
capacidade instalada nos EUA,
referente a fevereiro. Para a
produção industrial do país, os
analistas projetam que tenha
havido recuo de 1,3%. Assim, se
o resultado for muito pior do
que isso, o mercado deve responder negativamente.
Amanhã será dia da apresentação do PPI, o índice de preços
ao produtor dos EUA. As projeções dos analistas apontam para uma elevação de 0,3% no
PPI. Também saem nos EUA os
dados de construção de casas
de novas e licenças para construção. No Japão, o BC se reúne
para definir a sua taxa básica de
juros, que deve permanecer
nos atuais 0,1%.
"A agenda macroeconômica
da semana terá como destaque
a reunião do Fomc [comitê que
define os juros] sobre a taxa básica de juros americana, além
de dados de inflação e construção civil", afirma Julio Martins,
diretor da Prosper Gestão de
Recursos.
Na quarta-feira, o Fomc se
reúne para sua decisão em relação à taxa básica. A expectativa
é que os juros sejam mantidos
no atual patamar. Em seu piso,
os juros básicos dos EUA estão
oscilando em uma faixa que vai
de zero a 0,25%.
No mesmo dia vai ser conhecido o CPI (índice de preços ao
consumidor), para o qual o
mercado projeta uma alta de
0,3% em fevereiro.
A quinta-feira vai trazer de
importante a apresentação dos
indicadores antecedentes -índices que apontam as tendências futuras da economia dos
Estados Unidos.
"Para a semana, temos indicadores importantes. A julgar
pelo movimento da semana
[passada], serão necessárias
boas notícias desses indicadores para que o movimento de
alta persista. Por isso, acreditamos que na semana possamos
ter um movimento de realização lá fora, que deve afetar o desempenho de nossa Bolsa",
avalia a XP Investimentos.
Na semana passada, as Bolsas de Valores se recuperaram
pelo mundo, impulsionadas pela informação de que o Citigroup, que é uma das maiores
instituições financeiras do
mundo, se mostrou lucrativo
no primeiro bimestre do ano.
A Bovespa conquistou valorização de 5,15% na última semana. No mercado norte-americano, o índice de ações Dow Jones saltou 9% no período, no
que foi sua melhor semana desde novembro.
Explicações
No Brasil, a apresentação da
ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) é
aguardada com ansiedade.
Na semana passada, o Copom decidiu aprofundar o processo de afrouxamento monetário, ao reduzir a taxa básica de
12,75% para 11,25% anuais. A
ata trará explicações sobre a
decisão e, espera-se, dê sinais
em relação ao futuro dos juros
básicos.
Após a redução de 1,5 ponto
percentual na Selic -que é a referência para as taxas praticadas no mercado-, os analistas
se questionam se o Copom irá
manter esse ritmo de corte em
sua próxima reunião, que ocorre nos dias 28 e 29 de abril.
A última pesquisa Focus, feito pelo BC junto ao mercado,
mostrou a projeção de que a taxa Selic deve estar em 10,25%
no fim do ano. Para o Focus que
será apresentado hoje, a expectativa é a de que a projeção dos
agentes de mercado para a taxa
tenha sido reduzida, ao menos
para os 10%.
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