São Paulo, segunda-feira, 16 de março de 2009

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Mercados esperam por inflação e taxa de juros

BC dos EUA define juros na quarta; Copom divulga ata

DA REPORTAGEM LOCAL

Inflação e juros são os temas que dominarão a semana. Nos EUA haverá a decisão do BC sobre a taxa básica do país, e serão divulgados importantes índices de preços; no Brasil, será apresentada a ata do Copom.
A semana começa com a divulgação do desempenho da indústria e o nível de utilização da capacidade instalada nos EUA, referente a fevereiro. Para a produção industrial do país, os analistas projetam que tenha havido recuo de 1,3%. Assim, se o resultado for muito pior do que isso, o mercado deve responder negativamente.
Amanhã será dia da apresentação do PPI, o índice de preços ao produtor dos EUA. As projeções dos analistas apontam para uma elevação de 0,3% no PPI. Também saem nos EUA os dados de construção de casas de novas e licenças para construção. No Japão, o BC se reúne para definir a sua taxa básica de juros, que deve permanecer nos atuais 0,1%.
"A agenda macroeconômica da semana terá como destaque a reunião do Fomc [comitê que define os juros] sobre a taxa básica de juros americana, além de dados de inflação e construção civil", afirma Julio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.
Na quarta-feira, o Fomc se reúne para sua decisão em relação à taxa básica. A expectativa é que os juros sejam mantidos no atual patamar. Em seu piso, os juros básicos dos EUA estão oscilando em uma faixa que vai de zero a 0,25%.
No mesmo dia vai ser conhecido o CPI (índice de preços ao consumidor), para o qual o mercado projeta uma alta de 0,3% em fevereiro.
A quinta-feira vai trazer de importante a apresentação dos indicadores antecedentes -índices que apontam as tendências futuras da economia dos Estados Unidos.
"Para a semana, temos indicadores importantes. A julgar pelo movimento da semana [passada], serão necessárias boas notícias desses indicadores para que o movimento de alta persista. Por isso, acreditamos que na semana possamos ter um movimento de realização lá fora, que deve afetar o desempenho de nossa Bolsa", avalia a XP Investimentos.
Na semana passada, as Bolsas de Valores se recuperaram pelo mundo, impulsionadas pela informação de que o Citigroup, que é uma das maiores instituições financeiras do mundo, se mostrou lucrativo no primeiro bimestre do ano.
A Bovespa conquistou valorização de 5,15% na última semana. No mercado norte-americano, o índice de ações Dow Jones saltou 9% no período, no que foi sua melhor semana desde novembro.

Explicações
No Brasil, a apresentação da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) é aguardada com ansiedade.
Na semana passada, o Copom decidiu aprofundar o processo de afrouxamento monetário, ao reduzir a taxa básica de 12,75% para 11,25% anuais. A ata trará explicações sobre a decisão e, espera-se, dê sinais em relação ao futuro dos juros básicos.
Após a redução de 1,5 ponto percentual na Selic -que é a referência para as taxas praticadas no mercado-, os analistas se questionam se o Copom irá manter esse ritmo de corte em sua próxima reunião, que ocorre nos dias 28 e 29 de abril.
A última pesquisa Focus, feito pelo BC junto ao mercado, mostrou a projeção de que a taxa Selic deve estar em 10,25% no fim do ano. Para o Focus que será apresentado hoje, a expectativa é a de que a projeção dos agentes de mercado para a taxa tenha sido reduzida, ao menos para os 10%.


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