São Paulo, domingo, 16 de abril de 2006

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HABITAÇÃO

Duque também cita Xangai, Beirute e Tijuana

São Paulo é a bola imobiliária da vez, aponta bilionário britânico

FÁBIO VICTOR
DE LONDRES

Enquanto os mercados discutem e temem o estouro da bolha do mercado imobiliário americano, empresários do setor procuram boas oportunidades em economias emergentes. E São Paulo é apontada como um dos destinos mais atraentes do mundo.
O bilionário Gerald Grosvenor, duque de Westminster e dono do conglomerado imobiliário que leva seu sobrenome, classificou a cidade como a bola da vez.
De acordo com o diário londrino "The Times", Grosvenor fez o comentário na última segunda, durante reunião em que anunciou o desempenho da sua firma em 2005 -lucro de 368 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão), aumento de 8% em relação a 2004.
Terceiro homem mais rico do Reino Unido, com fortuna avaliada em 5,6 bilhões de libras (R$ 21,3 bilhões), o duque está em busca de novos mercados.
Segundo a empresa que ele comanda, há percepção entre planejadores urbanos e arquitetos de que megalópoles como São Paulo e Xangai (China) serão as mais beneficiadas a partir da saturação do setor e do inevitável fortalecimento global, num futuro próximo, dos principais emergentes.
Além das duas, Grosvenor citou ainda Beirute (Líbano), Tijuana (México) e o corredor entre Los Angeles e San Diego como potenciais destinos de investimentos.
A reportagem do "Times", ilustrada com uma enorme foto de uma favela de São Paulo, traz ainda um texto do correspondente do jornal na cidade, Tom Hennigan, sob o título "Taxa de juros em queda fortalece expectativa de um boom imobiliário", segundo o qual o cenário deverá beneficiar todos os os setores do mercado.
O texto menciona que há um déficit de moradia de 6 milhões de unidades na capital paulista e aponta que planos de urbanização de favelas estão entre as saídas para o problema. Cita ainda o projeto de revitalização da região da Cracolândia, no centro.
"O esforço para revitalizar a região central também criou oportunidades para pequenos investidores. O centro tem excelentes prédios, alguns projetados por arquitetos de ponta, que foram desprezados pelas classes média e alta que deixaram o local décadas atrás. Agora, as pessoas começam a retornar, atraídas pelas ofertas de retorno financeiro", observa.


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