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HABITAÇÃO
Duque também cita Xangai, Beirute e Tijuana
São Paulo é a bola imobiliária da vez, aponta bilionário britânico
FÁBIO VICTOR
DE LONDRES
Enquanto os mercados discutem e temem o estouro da bolha
do mercado imobiliário americano, empresários do setor procuram boas oportunidades em economias emergentes. E São Paulo é
apontada como um dos destinos
mais atraentes do mundo.
O bilionário Gerald Grosvenor,
duque de Westminster e dono do
conglomerado imobiliário que leva seu sobrenome, classificou a cidade como a bola da vez.
De acordo com o diário londrino "The Times", Grosvenor fez o
comentário na última segunda,
durante reunião em que anunciou o desempenho da sua firma
em 2005 -lucro de 368 milhões
de libras (R$ 1,4 bilhão), aumento
de 8% em relação a 2004.
Terceiro homem mais rico do
Reino Unido, com fortuna avaliada em 5,6 bilhões de libras (R$
21,3 bilhões), o duque está em
busca de novos mercados.
Segundo a empresa que ele comanda, há percepção entre planejadores urbanos e arquitetos de
que megalópoles como São Paulo
e Xangai (China) serão as mais
beneficiadas a partir da saturação
do setor e do inevitável fortalecimento global, num futuro próximo, dos principais emergentes.
Além das duas, Grosvenor citou
ainda Beirute (Líbano), Tijuana
(México) e o corredor entre Los
Angeles e San Diego como potenciais destinos de investimentos.
A reportagem do "Times", ilustrada com uma enorme foto de
uma favela de São Paulo, traz ainda um texto do correspondente
do jornal na cidade, Tom Hennigan, sob o título "Taxa de juros
em queda fortalece expectativa de
um boom imobiliário", segundo
o qual o cenário deverá beneficiar
todos os os setores do mercado.
O texto menciona que há um
déficit de moradia de 6 milhões de
unidades na capital paulista e
aponta que planos de urbanização de favelas estão entre as saídas
para o problema. Cita ainda o
projeto de revitalização da região
da Cracolândia, no centro.
"O esforço para revitalizar a região central também criou oportunidades para pequenos investidores. O centro tem excelentes
prédios, alguns projetados por arquitetos de ponta, que foram desprezados pelas classes média e alta que deixaram o local décadas
atrás. Agora, as pessoas começam
a retornar, atraídas pelas ofertas
de retorno financeiro", observa.
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