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Encontro vira palco de polêmica e tenta apaziguar conflitos
DA ISLA DE MARGARITA
Apesar de o tema ser integração, a 1ª Cúpula Energética da
América do Sul parece mais um
encontro destinado a apaziguar
os ânimos, dado o volume de
controvérsias -algumas novas,
outras antigas- envolvendo os
países da região.
A Bolívia continua sendo um
problema para o presidente
Lula. Na semana passada, o governo Evo Morales ameaçou
cortar o fornecimento de gás
para o ramal de Cuiabá por causa de uma controvérsia em torno da assinatura do novo contrato, o atual venceu ontem. O
tema está na agenda do encontro entre os dois presidentes.
Já a Venezuela se envolveu
em um bate-boca com o Chile,
depois que o Senado desse país
aprovou um protesto contra o
fechamento da emissora de TV
oposicionista RCTV pelo governo venezuelano.
Irritado, Chávez disse que o
Senado chileno está "dominado pela extrema direita fascista". Em resposta, Bachelet pediu "respeito" ao colega venezuelano e que a Câmara Alta de
seu país é uma "instituição democrática". A visita à Venezuela chegou a ser colocada em dúvida, mas acabou ratificada.
Mas provavelmente o encontro mais tenso será protagonizado pelo presidente equatoriano, o esquerdista Rafael Correa, aliado de Chávez, que acaba de prometer uma campanha
internacional "agressiva" contra o colega colombiano, Álvaro
Uribe, alinhado com Washington. Desde que seu assumiu o
governo, em janeiro, Correa
tem feito duras críticas contra a
pulverização aérea de plantações de coca feita pela Colômbia na região de fronteira. O
Equador diz que o veneno está
matando plantações do seu lado da fronteira; Bogotá nega.
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