São Paulo, segunda-feira, 16 de abril de 2007

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Encontro vira palco de polêmica e tenta apaziguar conflitos

DA ISLA DE MARGARITA

Apesar de o tema ser integração, a 1ª Cúpula Energética da América do Sul parece mais um encontro destinado a apaziguar os ânimos, dado o volume de controvérsias -algumas novas, outras antigas- envolvendo os países da região.
A Bolívia continua sendo um problema para o presidente Lula. Na semana passada, o governo Evo Morales ameaçou cortar o fornecimento de gás para o ramal de Cuiabá por causa de uma controvérsia em torno da assinatura do novo contrato, o atual venceu ontem. O tema está na agenda do encontro entre os dois presidentes.
Já a Venezuela se envolveu em um bate-boca com o Chile, depois que o Senado desse país aprovou um protesto contra o fechamento da emissora de TV oposicionista RCTV pelo governo venezuelano.
Irritado, Chávez disse que o Senado chileno está "dominado pela extrema direita fascista". Em resposta, Bachelet pediu "respeito" ao colega venezuelano e que a Câmara Alta de seu país é uma "instituição democrática". A visita à Venezuela chegou a ser colocada em dúvida, mas acabou ratificada.
Mas provavelmente o encontro mais tenso será protagonizado pelo presidente equatoriano, o esquerdista Rafael Correa, aliado de Chávez, que acaba de prometer uma campanha internacional "agressiva" contra o colega colombiano, Álvaro Uribe, alinhado com Washington. Desde que seu assumiu o governo, em janeiro, Correa tem feito duras críticas contra a pulverização aérea de plantações de coca feita pela Colômbia na região de fronteira. O Equador diz que o veneno está matando plantações do seu lado da fronteira; Bogotá nega.


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