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Suíça nega a violação de acordo da ONU
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Suíça nega que tenha
violado acordos internacionais ao se recusar a informar
a um gerente do Credit Suisse que ele tinha de depor em
processo penal sobre remessa ilegal de dólares e lavagem
de dinheiro no Brasil.
A acusação de que o país
violara acordos internacionais foi feita pelo juiz federal
Fausto Martin de Sanctis.
Ele enviou uma reclamação
formal à ONU (Organização
das Nações Unidas) e ao Gafi
(Grupo de Ação Financeira
Internacional sobre Lavagem de Dinheiro) contra a
Suíça. Para o juiz, a recusa
daquele país viola a Convenção de Palermo, que trata de
crime organizado.
O executivo Thomas Uhlmann é réu numa ação em
que é acusado de abrir contas
para brasileiros no Credit
Suisse num escritório desse
mesmo banco em São Paulo.
A Polícia Federal afirmou no
inquérito que o banco usava
doleiros para fazer remessas
ilegais de dólares.
Em nota à Folha, o governo refuta a interpretação do
juiz. Segundo o governo suíço, o artigo 18 da convenção
permite a recusa quando um
eventual crime cometido no
Brasil não for crime na Suíça: "Por conseguinte, ao recusar dar prosseguimento ao
pedido brasileiro, a Suíça
não violou os seus compromissos internacionais em
matéria de cooperação".
Não existe um acordo de
cooperação jurídica entre o
Brasil e a Suíça -daí a necessidade dos acordos internacionais para a troca de informações. Um texto com esse
teor está parado no parlamento desde o ano passado.
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