São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Poder de compra do dólar é o menor da história do Brasil

Ao romper a barreira dos R$ 2, o dólar atingiu o menor poder aquisitivo da história do Brasil. Até então, o recorde tinha sido registrado em cinco de agosto de 1996, quando o valor nominal do dólar era de R$ 1,01, mas o seu valor real (corrigido pela inflação) correspondia a R$ 2,0002. Nessa época, o Brasil vivia a fase do câmbio congelado, logo depois do Plano Real.
A conta foi feita pela Economática, utilizando como base o dólar Ptax, que é uma média das cotações da moeda americana feita pelo Banco Central. Para o cálculo da variação do dólar nos últimos 40 anos, a consultoria usou como deflator do dólar o IGPM-DI, que é calculado há mais tempo. Já para as últimas três décadas, o deflator foi o IPCA.
"Nunca o dólar valeu tão pouco no Brasil", diz Fernando Excel, economista da Economática. "Quem investiu no dólar não teve nenhum tipo de ganho real."
Ao analisar a variação do dólar nos últimos 40 anos, uma das primeiras conclusões a que se chega, segundo Excel, é que a tendência do dólar sempre foi de queda. Trata-se de uma trajetória natural, que reflete, na verdade, a corrosão provocada pela inflação americana.
O gráfico comparando o poder aquisitivo do dólar no Brasil e nos EUA mostra com clareza que a curva é mesmo descendente. Nos últimos 40 anos, o poder de compra do dólar nos Estados Unidos caiu 83%. No Brasil, a corrosão do dólar nesse mesmo período também foi de 83%.
Segundo Fernando Excel, o dólar sempre deveria estar caindo, em razão da inflação americana. Se houve acidentes de percursos no Brasil, com altas e baixas mais acentuadas da moeda americana, foi por conta dos planos econômicos. Em 1996, por exemplo, o economista disse que o dólar caiu muito porque o governo adotou uma política artificial no câmbio para conter a inflação.
Agora, são poucas as alternativas do governo para tentar evitar que o dólar caia ainda mais. O Banco Central vai ter de acelerar a queda dos juros e adotar medidas para tornar as empresas brasileiras mais competitivas.

Kahn e Ballack ganham processo contra sex shop

Depois de uma briga judicial por ter transformado duas estrelas do futebol alemão -o capitão da seleção, Michael Ballack, e o goleiro do Bayern Munich, Oliver Kahn- em vibradores, a Beate Uhse AG, maior operadora de sex shops da Europa, aceitou fazer acordo. Pagará a cada um dos jogadores 50 mil pela utilização de seus nomes para batizar os brinquedos sexuais.
A Beate Uhse vendeu os brinquedos eróticos "Michael B." e "Oli K." na última Copa do Mundo.

LITORÂNEO
O grupo SuperClubs vai inaugurar, em junho, mais um resort no litoral brasileiro. O Starfish Ilha de Santa Luzia ficará em Sergipe, na Ilha de Santa Luzia, no município de Barra dos Coqueiros. O resort, que recebeu investimentos de R$ 30 milhões, terá 250 suítes. Este será o segundo empreendimento com a bandeira Starfish no mundo. O primeiro fica na Jamaica. A idéia, segundo Xavier Veciana, diretor geral do SuperClubs no Brasil, é atrair ao país R$ 500 milhões nos próximos anos. O grupo pretende avançar no Nordeste e continuar com a estratégia nos litorais carioca e paulista.

MARÍTIMO
A Sadia inaugura hoje a obra de ampliação e modernização de seu armazém frigorificado no porto de Paranaguá (PR), que irá aumentar sua capacidade de 3,1 mil toneladas para 8,5 mil toneladas. O investimento foi de R$ 19 milhões.

NO PAN
A Oi disponibilizou, no celular e na internet, conteúdo sobre o Pan do Rio. Informações sobre atletas, locais de provas, edições anteriores, curiosidades e momentos históricos podem ser obtidas no portal wap e no hotsite do Oi Internet.

LIVRO
Será lançado na próxima terça, dia 22, o livro "A Macroeconomia da Estagnação", de Luiz Carlos Bresser-Pereira (Editora 34, 328 páginas). A edição traz uma crítica ao pensamento hegemônico no campo da economia, pela adoção de políticas convencionais. Bresser-Pereira aponta para a necessidade de retomada do crescimento do país. O lançamento acontece na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP), às 18h30.

SALA FECHADA
Armando Monteiro (CNI) reunirá amanhã o Fórum Nacional da Indústria, que abraça as principais entidades empresariais do setor no país, para almoço com Dilma Rousseff (Casa Civil). Será o primeiro encontro de Dilma com o empresariado depois do anúncio do PAC.

PRATO CHEIO
Paulo Skaf reúne pesos pesados, sexta, para almoço com Miguel Jorge. Será seu primeiro encontro depois de ter ido para o governo. Entre os convidados, Antônio Ermírio, Eugênio Staub, Emílio Odebrecht, Benjamin Steinbruch, Josué Gomes da Silva e Jorge Gerdau.


com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA

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