|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Poder de compra do dólar é o menor da história do Brasil
Ao romper a barreira dos
R$ 2, o dólar atingiu o menor
poder aquisitivo da história do
Brasil. Até então, o recorde tinha sido registrado em cinco de
agosto de 1996, quando o valor
nominal do dólar era de R$ 1,01,
mas o seu valor real (corrigido
pela inflação) correspondia a
R$ 2,0002. Nessa época, o Brasil vivia a fase do câmbio congelado, logo depois do Plano Real.
A conta foi feita pela Economática, utilizando como base o
dólar Ptax, que é uma média
das cotações da moeda americana feita pelo Banco Central.
Para o cálculo da variação do
dólar nos últimos 40 anos, a
consultoria usou como deflator
do dólar o IGPM-DI, que é calculado há mais tempo. Já para
as últimas três décadas, o deflator foi o IPCA.
"Nunca o dólar valeu tão
pouco no Brasil", diz Fernando
Excel, economista da Economática. "Quem investiu no dólar não teve nenhum tipo de ganho real."
Ao analisar a variação do dólar nos últimos 40 anos, uma
das primeiras conclusões a que
se chega, segundo Excel, é que a
tendência do dólar sempre foi
de queda. Trata-se de uma trajetória natural, que reflete, na
verdade, a corrosão provocada
pela inflação americana.
O gráfico comparando o poder aquisitivo do dólar no Brasil e nos EUA mostra com clareza que a curva é mesmo descendente. Nos últimos 40 anos, o
poder de compra do dólar nos
Estados Unidos caiu 83%. No
Brasil, a corrosão do dólar nesse mesmo período também foi
de 83%.
Segundo Fernando Excel, o
dólar sempre deveria estar
caindo, em razão da inflação
americana. Se houve acidentes
de percursos no Brasil, com altas e baixas mais acentuadas da
moeda americana, foi por conta
dos planos econômicos. Em
1996, por exemplo, o economista disse que o dólar caiu muito
porque o governo adotou uma
política artificial no câmbio para conter a inflação.
Agora, são poucas as alternativas do governo para tentar
evitar que o dólar caia ainda
mais. O Banco Central vai ter
de acelerar a queda dos juros e
adotar medidas para tornar as
empresas brasileiras mais competitivas.
Kahn e Ballack ganham processo contra sex shop
Depois de uma briga judicial por ter transformado
duas estrelas do futebol alemão -o capitão da seleção,
Michael Ballack, e o goleiro
do Bayern Munich, Oliver
Kahn- em vibradores, a
Beate Uhse AG, maior operadora de sex shops da Europa, aceitou fazer acordo. Pagará a cada um dos jogadores 50 mil pela utilização
de seus nomes para batizar
os brinquedos sexuais.
A Beate Uhse vendeu os
brinquedos eróticos "Michael B." e "Oli K." na última
Copa do Mundo.
LITORÂNEO
O grupo SuperClubs vai inaugurar, em junho, mais um resort no litoral brasileiro. O Starfish Ilha de Santa Luzia ficará em Sergipe, na Ilha de Santa Luzia, no município de Barra
dos Coqueiros. O resort, que recebeu investimentos de R$
30 milhões, terá 250 suítes. Este será o segundo empreendimento com a bandeira Starfish no mundo. O primeiro fica
na Jamaica. A idéia, segundo Xavier Veciana, diretor geral
do SuperClubs no Brasil, é atrair ao país R$ 500 milhões nos
próximos anos. O grupo pretende avançar no Nordeste e
continuar com a estratégia nos litorais carioca e paulista.
MARÍTIMO
A Sadia inaugura hoje a
obra de ampliação e modernização de seu armazém frigorificado no porto de Paranaguá (PR), que irá aumentar sua capacidade de 3,1 mil
toneladas para 8,5 mil toneladas. O investimento foi de
R$ 19 milhões.
NO PAN
A Oi disponibilizou, no celular e na internet, conteúdo
sobre o Pan do Rio. Informações sobre atletas, locais de
provas, edições anteriores,
curiosidades e momentos
históricos podem ser obtidas no portal wap e no hotsite do Oi Internet.
LIVRO
Será lançado na próxima
terça, dia 22, o livro "A Macroeconomia da Estagnação", de Luiz Carlos Bresser-Pereira (Editora 34, 328 páginas). A edição traz uma
crítica ao pensamento hegemônico no campo da economia, pela adoção de políticas
convencionais. Bresser-Pereira aponta para a necessidade de retomada do crescimento do país. O lançamento acontece na Livraria Cultura do Conjunto Nacional
(SP), às 18h30.
SALA FECHADA
Armando Monteiro (CNI)
reunirá amanhã o Fórum
Nacional da Indústria, que
abraça as principais entidades empresariais do setor no
país, para almoço com Dilma Rousseff (Casa Civil). Será o primeiro encontro de
Dilma com o empresariado
depois do anúncio do PAC.
PRATO CHEIO
Paulo Skaf reúne pesos
pesados, sexta, para almoço
com Miguel Jorge. Será seu
primeiro encontro depois de
ter ido para o governo. Entre
os convidados, Antônio Ermírio, Eugênio Staub, Emílio Odebrecht, Benjamin
Steinbruch, Josué Gomes da
Silva e Jorge Gerdau.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
Próximo Texto: Dólar cai abaixo de R$ 2 pela 1ª vez em seis anos Índice
|