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Senado altera medida com incentivos à infra-estrutura
Outras três MPs ligadas ao PAC foram aprovadas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Alvo de um intenso lobby na
Câmara dos Deputados, a MP
(medida provisória) que concede incentivos fiscais ao setor de
infra-estrutura foi ainda mais
desfigurada na votação de ontem, no Senado. Outras três
MPs que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram aprovadas sem
alterações em relação ao que foi
votado pelos deputados.
A medida que suspende a cobrança do PIS e da Cofins por
cinco anos sobre a aquisição de
máquinas, equipamentos e material de construção para os investimentos em infra-estrutura é uma das mais importantes
do PAC, mas nem assim resistiu aos lobbies.
O mais visível deles é a repetição do programa de parcelamento de dívidas com a Receita
Federal, que o senador Edison
Lobão (DEM-MA) havia incluído na MP 303, que relatou no
ano passado. Também relator
da MP votada ontem, Lobão repetiu a proposta. Com as alterações, o texto retorna à Câmara para nova votação.
Há também isenções para o
queijo parmesão (a Câmara já
havia incluído o benefício para
os queijos provolone e fresco),
para obras de arte brasileiras
compradas no exterior, para a
compra de barcos, inclusive
lanchas, para equipamentos
para os Jogos Pan-Americanos
e para o frete pago na navegação em algumas regiões.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
disse que o governo só tem
compromisso com a isenção
para os equipamentos usados
nos Jogos Pan-Americanos.
Mas, como queria fazer essa
modificação, o governo aproveitou para incluir todos os pedidos da base aliada numa mesma MP e, assim, viabilizar a votação das outras quatro sem
modificações. "O governo não
concorda com isso [o desconto
para pagamento de dívidas com
a Receita]. Se a Câmara não
derrubar, vamos vetar. Deixamos passar [as outras isenções]
porque houve um acordo."
As outras MPs aprovadas,
que vão à sanção presidencial,
foram: a que concede incentivos fiscais para componentes
da TV digital; a que cria fundos
de investimento para investir
em infra-estrutura; e a que corrige em 4,5% a tabela do IR.
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