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Vendas do varejo sobem 11,5% em março
Alta foi em relação ao mesmo mês de 2006; no primeiro trimestre do ano, crescimento atingiu de 9,7%, segundo o IBGE
Entre os efeitos positivos sobre o comércio, estão o aumento do rendimento, a estabilidade do emprego, a queda dos juros e o crédito
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
Pelo terceiro mês consecutivo, as vendas do varejo subiram: a expansão foi de 1,1% em
março, na comparação com fevereiro, livre de efeitos sazonais (típicos de cada período).
Em relação a março de 2006, a
alta foi de 11,5%, a maior desde
julho de 2004, segundo o IBGE.
Os resultados do comércio
surpreendem especialistas
neste ano, que já estimam alta
superior aos 6,2% de 2006. No
primeiro trimestre, as vendas
cresceram 9,7%. Entre os efeitos positivos sobre o nível de
atividade do comércio, o IBGE
citou o aumento do rendimento, a estabilidade do emprego, a
redução dos juros e a crescente
oferta de crédito.
Para Carlos Thadeu de Freitas, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o bom desempenho é reflexo do aumento de 7,9% da
massa salarial no primeiro trimestre, da queda de 3,5% do
dólar e do avanço de 20% do
crédito em termos reais.
"Se o comércio não crescer
nada neste ano, já tem garantida alta de 6,25%. Mas deve
crescer mais", avalia. O dólar
reduz os preços de produtos
importados ou com insumos
produzidos no exterior, e a inflação baixa assegura maior poder de compra, afirma Freitas.
Para o IBGE, a Páscoa também turbinou as vendas do comércio. "A Páscoa neste ano foi
no início de abril, o que se refletiu nas vendas de março, além
da continuidade das condições
favoráveis da economia", disse
Reinaldo Pereira, da Coordenação de Comércio do IBGE.
O economista do órgão também se mostrou otimista ao
analisar o crescimento do comércio acumulado em 12 meses até março (7,3%). "Nesse
raciocínio, mantidas as condições, vamos ultrapassar o ano
passado", disse Pereira.
Setor atacadista
O pequeno varejo e o Nordeste foram os responsáveis pelo
crescimento real de 2,6% do
atacado em 2006 em relação a
2005, com faturamento bruto
de R$ 95,9 bilhões. De acordo
com os dados divulgados pela
Abad (Associação Brasileira de
Atacadistas e Distribuidores),
com base em pesquisa da Nielsen, a participação do Nordeste
no destino de entrega dos produtos subiu de 23,8% para 25%.
No mesmo período, por exemplo, a da Grande São Paulo caiu
de 8,3% para 7,9%.
Já o pequeno varejo, que engloba mercadinhos, empórios e
padarias, aumentou sua participação na compra de produtos
do setor atacadista de 33,8%
para 34,2% do total, enquanto
os bares expandiram sua fatia
de 12% para 12,5%. Nesse mesmo comparativo, os supermercados com 20 ou mais caixas tiveram queda na participação,
de 27,3% para 26,5%.
Colaborou TATIANA RESENDE, da Redação
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