DA REDAÇÃO

O crescimento na inadimplência dos consumidores começa a desacelerar. De acordo com a Serasa, houve uma elevação de 10,8% no primeiro quadrimestre, uma alta acumulada no ano menor do que a registrada até março (11,4%), ante os respectivos períodos em 2008.
O dado ainda é pressionado pelo fechamento de vagas no mercado de trabalho e a menor atividade econômica devido à crise. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo o IBGE, subiu em março pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 9%.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa, "a tendência é ter a inadimplência crescendo menos neste trimestre" do que no primeiro. No comparativo de abril deste ano com o mesmo mês de 2008, houve alta de 8,9% -havia sido de 16,6% em março. "Estamos no início de um processo de recuperação econômica", acrescentou.
Nos quatro primeiros meses deste ano, o ranking de inadimplência foi liderado pelas dívidas com bancos (43,5%), seguida de débitos com cartão de crédito e financeiras (37,1%). Considerando a variação do PIB e o crescimento da população, Rabi calcula que uma alta na inadimplência em torno de 7% já começa a preocupar.
Os números do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) indicam uma redução de 13,9% nas consultas dos varejistas em todo o país no quadrimestre. Segundo a Associação Comercial de São Paulo, a queda no Estado é semelhante (-13,8%).
Na última reunião do Comitê de Política Monetária, a taxa básica de juros foi cortada em um ponto percentual e agora está em 10,25% ao ano, a mais baixa desde a criação do Copom em 1996. O ritmo de queda do encontro anterior (1,5 ponto) não foi mantido porque a avaliação do Banco Central é de que a economia já dá sinais de recuperação. (TATIANA RESENDE)


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