|
Próximo Texto | Índice
PAINEL S/A
Próximo passo
Com os indicadores favoráveis
da economia, a expectativa do
mercado se volta agora para o
anúncio da nova âncora de preços:
o sistema de metas inflacionárias.
O assunto divide especialistas.
Ainda é cedo
Para o ex-ministro Mailson da
Nóbrega, da Tendências Consultoria, o momento ainda é delicado, o
BC tem que ter independência
operacional inequívoca e é preciso
uma mudança fiscal forte, que devolva ao governo a capacidade de
gerir o Orçamento. Se o sistema for
adotado agora, as metas só deveriam ser fixadas para 2000 e 2001.
Momento certo
Para o ex-diretor do BC José Julio
Senna, da MCM Consultores, a
adoção de algum tipo de âncora
para os preços é fundamental e a
mais natural é a de metas inflacionárias. Ele defende que o momento atual, de recuperação, é ideal para adotar o sistema. O tema estará
em debate em seminário da MCM,
na quarta-feira.
Dificuldades operacionais
Análise do banco J.P. Morgan, de
sexta-feira, indica que o mecanismo de metas inflacionárias encontrará dificuldades operacionais no
Brasil, começando pela escolha do
índice que guiará a meta -será o
IPC, o INPC ou o IGP?
Na contramão
O Ministério do Desenvolvimento acha que vale a pena investir nas
negociações com o setor automotivo, apesar das resistências. Um
acordo serviria de exemplo para
outros setores, como o têxtil, e melhoraria o clima de desconfiança
do setor produtivo em relação às
perspectivas da economia para 99.
Fazendo escola
Pelo menos 18 cidades de São
Paulo e de outros Estados pediram
cópia da regulamentação das frentes de trabalho para a Secretaria do
Trabalho paulistana. Está provado
que programa contra o desemprego, ainda que tenha alcance limitado, faz bem para a imagem.
O mercado não basta 1
Entre as razões para a estagnação
das exportações brasileiras, o embaixador Rubens Ricupero afirma
que está a falta de estratégia, seguida da falta de instrumentos e de órgãos capacitados para aplicar uma
possível nova estratégia.
O mercado não basta 2
Ricupero aponta, ainda, que os
investimentos estrangeiros no
Brasil não geram exportação porque 60% deles estão no setor de
serviços. Eles ajudam na sangria de
dólares, via remessa de lucros.
Atraso estrutural
A logística de exportação do país
está defasada em 20 anos, segundo
levantamento da Fiesp. As
informações e guias para
importação se encontram em
ambiente Windows, de fácil
acesso. Já tudo sobre exportação
está em DOS -sistema bem mais
complicado. O governo tem de
investir R$ 120 milhões para
modernizar o sistema.
Crescimento consistente
Segundo dados da Cepal, o Brasil
teria de crescer 6% ao ano, por
vários anos, para recuperar o que
perdeu nas duas últimas décadas e
avançar alguma coisa.
Caso de polícia
A CPI dos Bancos, segundo
operadores do mercado, já
demonstrou que é mesmo um caso
policial. A expectativa é que a
Justiça não deixe o caso acabar em
pizza. Tem muita gente no
mercado que não gosta da idéia de
ver Salvatore Cacciola sair dessa
rico, ainda que sem banco.
E-mail: painelsa@uol.com.br
Próximo Texto: PIB reage e derruba previsões caóticas Índice
|