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Mercado Aberto
Guilherme Barros
Ciesp propõe medidas para crescimento
Não são só as reformas estruturais, como a tributária e previdenciária, que impedem os
empresários de aumentar seus
investimentos. Há medidas
mais simples, que não dependem do Congresso nem de esperar o próximo governo, que
podem ser adotadas no curto
prazo e permitiriam o crescimento da indústria e a geração
de emprego e renda.
Uma sondagem realizada pelo Ciesp (Centro das Indústrias
do Estado de São Paulo) no mês
passado, com 5.059 empresas,
mapeou as principais preocupações do empresário paulista
no ano eleitoral. A pesquisa teve o cuidado de levantar apenas
as questões microeconômicas,
aquelas que poderiam ser resolvidas de maneira relativamente rápida, pelos próprios
governos.
Entre as propostas apresentadas na sondagem, a que apareceu com maior número de indicações foi a simplificação tributária e a adequação dos prazos de pagamentos de impostos, que foi sugerida por 31%
dos entrevistados.
Em segundo lugar, com 26%
de indicações, os empresários
sugeriram uma série de medidas com o objetivo de facilitar o
investimento, como a desoneração dos investimentos, juros
diferenciados para o investimento, menor burocracia para
a concessão dos empréstimos
para investimento e maior agilidade na deliberação sobre licenciamento ambiental.
Os empresários também
consideram importantes propostas como a de atualização da
legislação trabalhista para a
ampliação do emprego formal,
a desburocratização dos procedimentos aduaneiros e a facilitação e o estímulo ao acesso das
pequenas e médias empresas à
exportação.
Segundo Claudio Vaz, presidente do Ciesp, o que chama a
atenção na pesquisa é que o
país tem condições de aumentar o nível de investimento com
medidas microeconômicas e
em um curto prazo de tempo.
"Os ajustes fiscal e das contas
externas são necessários, mas
não é só isso que vai aumentar o
investimento e o crescimento
da economia", diz Vaz. "Há
meios de facilitar o crescimento sem a necessidade de reformas institucionais."
De acordo com Vaz, não é
preciso esperar o próximo governo para a adoção dessas medidas. Há propostas apresentadas na sondagem com os empresários que poderiam ser
adotadas imediatamente.
O presidente do Ciesp afirma
que o governo já faz algumas
desonerações de investimentos
para o IPI, mas falta ainda fazer
o mesmo para outros impostos
como o ICMS e o PIS/Cofins.
ELETRICIDADE PURA
A Fiat apresentará hoje dois modelos novos que usam
energia elétrica como combustível. O primeiro é o protótipo
do Palio Elétrico, fruto da parceria da montadora com a Itaipu Binacional e com a suíça KWO. Movido exclusivamente
por eletricidade, o carro tem potência máxima de 15 kW (20
cv) e motor alimentado por uma bateria de níquel, que garante uma autonomia de até 120 km. O segundo é o Siena
Tetrafuel, que, além da gasolina brasileira e do álcool, também pode utilizar gasolina pura (disponível no mercado externo) e gás natural. O combustível é escolhido automaticamente pela central do motor. Os investimentos nas duas
versões fazem parte do total de R$ 3 bilhões previstos entre
2006 e 2008, no desenvolvimento de novas tecnologias e
produtos. O lançamento será comandado pelo presidente da
empresa no país, Cledorvino Belini, em Araxá, no Estado de
Minas Gerais.
TORPEDO
O grupo Telemar vai apresentar no Ciab Febraban
2006 (Congresso Internacional de Automação Bancária), a partir de quarta-feira,
o Oi Paggo, uma tecnologia
para pagar contas pelo celular, com troca de SMS. O
produto foi lançado como
piloto comercial em Natal.
CHOCOLATE
O Suflair Alpino, lançado
em 2005, teve desempenho
de vendas três vezes acima
do estimado pela Nestlé e
contribuiu para o crescimento de 20% da linha no
ano passado. Por isso a empresa vai incorporar mais
duas versões à linha: Super
Suflair e Suflair Moça. O objetivo é aumentar o volume
de vendas da linha em 50%
até o fim do ano.
BOLÃO
O Grupo Climatempo lançou em seu site (www.
climatempo.com.br) serviço de previsão do tempo
para as cidades que receberão os jogos da Copa. O site
também oferece um bolão
aos seus visitantes.
PPP
Os investidores privados
terão até 7 de agosto para
entregar os envelopes com
propostas comerciais para a
construção da rodovia MG-050. Já na Bahia, os interessados terão até segunda para
fazer as propostas para
construir o emissário submarino de Jaguaribe. As novas datas das PPPs foram
enviadas para investidores
alemães pela Abdib. O grupo
estuda investimentos bilaterais desde fevereiro.
NOVO PORTIFÓLIO
A Monalisa Brasil, importadora de perfumes e cosméticos, deixa de distribuir
Dolce & Gabbana, antes representada com exclusividade. O presidente, Faiçal
Hammoud, diz que a nova
estratégia é concentrar esforços nas marcas Hermès,
Cartier, Lalique e Moschino.
BOLSA DE ESTUDO
Em 2006, a Fundação Estudar escolheu 22 candidatos para as bolsas de graduação e pós-graduação. Neste
ano, o número de bolsas foi
58% maior que em 2005.
GENÉRICO
A participação do genérico no mercado farmacêutico
brasileiro subiu de 3% para
11,62% entre 2001 e 2005.
Isso torna o Brasil um dos
mercados de maior expansão na AL. Em abril, a participação foi de 13%. Neste
ano, a indústria de genéricos
espera crescer 25%. Os dados serão apresentados por
Vera Valente, diretora da
Pró Genéricos, na segunda-feira, para a International
Generics Pharmaceutical
Alliance, em Mônaco.
TALENTO
O Wal-Mart tem novo vice-presidente. O cargo será
ocupado pelo executivo
Hector Nuñez, ex-CEO da
Coca-Cola do Caribe e América, em julho. Trazido pela
Ray & Berndtson, Nuñez ficará responsável pela operação nacional de hipermercados, supermercados e atacado e vai integrar as redes
BomPreço e Sonae, adquiridas nos dois últimos anos.
SUSTENTÁVEL
A sustentabilidade está na
pauta desta terça, quando o
CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável)
realiza encontro para discutir a crise de confiança no setor empresarial. Entre os
participantes, está o superintendente de riscos sócio-ambientais do ABN Amro
Real, Christopher Wells.
RESPONSABILIDADE
Cinco empresas brasileiras aderiram ao programa
Rever, de responsabilidade
corporativa com impacto
sócio-ambiental, criado por
15 grandes empresas dos
EUA como a IBM e a General Eletric. São elas a Philips,
a Basf, a Alcoa, a Vivo e o
Santander Banespa. O grupo
se reúne na próxima semana
para debater a aplicação da
metodologia. A partir de um
investimento inicial de R$
100 mil por ano, é possível
começar a participar do programa.
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