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Vale erguerá "cidade" em antiga área de mineração
Projeto é que local, em MG, abrigue 20 mil pessoas
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A Vale do Rio Doce anunciou
anteontem o "Projeto Águas
Claras", o primeiro do país em
que uma área de mineração
exaurida (em 2002) será recuperada e transformada em uma
"cidade" dentro do município
de Nova Lima, que faz divisa
com Belo Horizonte pelo sul da
Serra do Curral.
Será uma área que abrigará
cerca de 20 mil pessoas, entre
funcionários de empresas e população residente.
Da área de 2.066 hectares denominada Águas Claras, onde
durante 30 anos foram retirados 291 milhões de toneladas
de hematita (minério de ferro
na forma mais pura), 80% é de
mata nativa e 9% (194 hectares)
serão usados para construções
de condomínios residenciais e
prédios de empresas, incluindo
os da Vale.
Terá também construções
para as áreas de serviços e lazer,
como hotelaria e shoppings. E
um parque urbano de 32 hectares será construído no entorno
do lago que está se formando na
antiga cava da minas de águas
claras.
Wilfred Bruijn, presidente da
MBR (empresa do grupo Vale),
disse que é com o minério de
ferro que a Vale continuará ganhando dinheiro, mas a empresa não deixa de ver o novo projeto também como um negócio,
já que passará a ser parceira em
empreendimentos de vários ramos. Até por isso, ela ainda não
estima quanto custará esse
projeto, que começará a ser desenvolvido no ano que vem.
A conclusão do projeto é prevista para 2028, mas poderá ser
finalizada muito antes disso, já
que, por falta de espaço, a zona
sul de Belo Horizonte, área residencial preferida da classe
média local, tem invadido Nova
Lima.
Uma das primeiras obras a
serem construídas será a nova
instalação da Vale, que deverá
reunir nela os cerca de 1.500
funcionários do grupo espalhados pela região metropolitana
de Belo Horizonte.
Da área de 194 hectares (cerca de 1,25 vez o parque do Ibirapuera, em São Paulo) onde as
construções serão erguidas,
25% serão espaços residenciais.
Serão prédios de apartamentos de no máximo cinco andares, distribuídos por vários
condomínios. Estima-se que
neles habitarão 5.000 pessoas.
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