São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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Vale erguerá "cidade" em antiga área de mineração

Projeto é que local, em MG, abrigue 20 mil pessoas

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A Vale do Rio Doce anunciou anteontem o "Projeto Águas Claras", o primeiro do país em que uma área de mineração exaurida (em 2002) será recuperada e transformada em uma "cidade" dentro do município de Nova Lima, que faz divisa com Belo Horizonte pelo sul da Serra do Curral.
Será uma área que abrigará cerca de 20 mil pessoas, entre funcionários de empresas e população residente.
Da área de 2.066 hectares denominada Águas Claras, onde durante 30 anos foram retirados 291 milhões de toneladas de hematita (minério de ferro na forma mais pura), 80% é de mata nativa e 9% (194 hectares) serão usados para construções de condomínios residenciais e prédios de empresas, incluindo os da Vale.
Terá também construções para as áreas de serviços e lazer, como hotelaria e shoppings. E um parque urbano de 32 hectares será construído no entorno do lago que está se formando na antiga cava da minas de águas claras.
Wilfred Bruijn, presidente da MBR (empresa do grupo Vale), disse que é com o minério de ferro que a Vale continuará ganhando dinheiro, mas a empresa não deixa de ver o novo projeto também como um negócio, já que passará a ser parceira em empreendimentos de vários ramos. Até por isso, ela ainda não estima quanto custará esse projeto, que começará a ser desenvolvido no ano que vem.
A conclusão do projeto é prevista para 2028, mas poderá ser finalizada muito antes disso, já que, por falta de espaço, a zona sul de Belo Horizonte, área residencial preferida da classe média local, tem invadido Nova Lima.
Uma das primeiras obras a serem construídas será a nova instalação da Vale, que deverá reunir nela os cerca de 1.500 funcionários do grupo espalhados pela região metropolitana de Belo Horizonte.
Da área de 194 hectares (cerca de 1,25 vez o parque do Ibirapuera, em São Paulo) onde as construções serão erguidas, 25% serão espaços residenciais.
Serão prédios de apartamentos de no máximo cinco andares, distribuídos por vários condomínios. Estima-se que neles habitarão 5.000 pessoas.


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