São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Companhias diminuem ímpeto no mercado

Alex Almeida - 26.out.07/Folha Imagem
Investidores no saguão da Bolsa de Valores de São Paulo


REPORTAGEM LOCAL

Após o boom de 2007, as empresas têm procurado o mercado de capitais com menos ímpeto neste ano. Mas isso não impediu que o pregão de sexta-feira da Bovespa fosse marcado pelo maior IPO que já ocorreu no país, com a estréia das ações da OGX Petróleo e Gás. O IPO da empresa movimentou R$ 6,71 bilhões.
No ano passado, o melhor que o mercado de capitais já atravessou, as empresas captaram o montante recorde de R$ 166,9 bilhões. O recorde anterior havia sido registrado em 2006, quando as empresas levantaram R$ 124,9 bilhões.
Neste ano, as empresas já conseguiram R$ 72,5 bilhões. Os dados são da CVM e mostram o quanto as empresas captaram considerando as diferentes formas disponíveis, sendo as principais as emissões de ações e debêntures.
Ao emitir uma ação, a empresa vende parte de seu capital. O acionista, independentemente de quantos papéis possua, é dono de uma fração da empresa. Os recursos que uma companhia consegue vendendo uma parte de seu capital podem servir para sua expansão, aumentando seu potencial de lucro.
Para emitir uma ação, uma companhia primeiramente procura a CVM e, após cumprir determinadas exigências, tem seu registro de empresa de capital aberto concedido. Depois disso, elabora o lançamento de suas ações em pregão, vendendo os papéis que passarão a ser negociados na Bolsa.
É comum as empresas que já têm ações em pregão lançarem novos lotes de papéis na Bolsa.
No caso das debêntures, outra modalidade muito procurada, a empresa emite um título que representa uma dívida. Para isso, paga uma taxa de juros para o investidor que adquire esse título. A vantagem ao emitir uma debênture pode ser conseguir um custo menos pesado do que se fosse fazer uma operação de crédito tradicional em um banco.
Esse fortalecimento do mercado de capitais tem se refletido no balanço dos bancos, ao menos nos dois últimos anos, com uma desaceleração no ritmo de empréstimos feitos às empresas, especialmente às de maior porte.


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