da Sucursal do Rio

Um terço das 12 áreas licitadas até as 19h15 de ontem voltou para a Petrobras, sozinha ou em parcerias. A empresa ganhou todos os quatro leilões de que participou. Os ágios pagos nos leilões vencidos pela Petrobras ficaram entre 230%, o menor, e 7.166%, o maior.
Para o presidente da Petrobras, Henri Philipe Reichstul, a alta dos preços pagos pelas áreas de exploração em leilão ajuda a valorizar as reservas da empresa.
Na opinião de Reichstul, está havendo uma nivelação "dos ativos de petróleo no Brasil" com os melhores do mundo.
Ao final do leilão, o superintendente de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Alberto de Oliveira, comemorou o rendimento da empresa. "Estamos comprando áreas que dão à Petrobras a oportunidade de mudar seu portifólio, que era de contratos de até cinco anos. A partir desse instante, vamos atuar em um novo cenário de contratos, de até nove anos."
Oliveira falou sobre as parcerias. "Procuramos sócios os mais competitivos possíveis e que tenham sintonia com nosso pensamento."
A parceira mais frequente da Petrobras foi a argentina YPF, que aparece em dois dos três consórcios montados pela brasileira. A Petrobras entrou sozinha em um leilão, o do bloco seis da bacia de Campos -pagou ágio de 2.860%.
A Petrobras só sofreu concorrência em um leilão, de uma área na bacia de Santos, onde entrou em consórcio com a britânica Amerada Hess e a Kerr McGee (EUA).
A empresa e suas sócias na concorrência de um bloco na bacia de Campos, junto com a argentina YPF e a italiana Agip, também pagaram mais de 2.000% de ágio. "Era um ativo muito bom para corrermos risco", disse Reichstul, sobre o lance dado pelo negócio.
Segundo Reichstul, como só há um envelope oficial para a entrega das propostas, não dá para deixar vários lances prontos, conforme forem aparecendo outros concorrentes -estratégia usada durante o leilão da Telebrás.
Além do mais, ele lembra que exploração em águas profundas -caso de algumas áreas na bacia de Campos- é especialidade da empresa. (IC, ST e FE)


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