|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELECOMUNICAÇÕES
Anúncio foi feito pelo presidente da Anatel, para quem empresas iniciarão em breve fase de promoções
Tarifas de telefone fixo subirão até 7,9%
ANTONIO CARLOS SEIDL
enviado especial a Foz de Iguaçu
As contas de telefonia fixa sofrerão um aumento máximo de 7,9%
em julho, disse Renato Guerreiro,
50, presidente da Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações),
ontem, no seminário internacional
de telecomunicações Futurecom
2000, em Foz do Iguaçu (no oeste
do Estado do Paraná).
A Anatel está analisando os pedidos de reajustes feitos pelas empresas operadoras. Os aumentos
entrarão em vigor depois da publicação da decisão da Anatel no
"Diário Oficial" da União.
O aumento máximo é baseado na
taxa de inflação acumulada de
abril de 1998 até este mês. As tarifas de telefonia fixa estão no mesmo nível desde abril de 1997.
Mas, de acordo com as regras da
privatização das teles, as empresas
têm o direito de reajustar suas tarifas depois de um ano da assinatura
do contrato de concessão, o que
ocorreu em 4 de junho de 1998.
Guerreiro disse, porém, que o
reajuste das tarifas não será retroativo. O contrato estabelece que as
tarifas podem aumentar de acordo
com o conceito de "cesta de serviços". No caso dos serviços locais
na mesma cidade, a cesta é composta por taxa de habilitação, assinatura mensal e valor do impulso.
"O reajuste dessa cesta não pode
variar mais do que a inflação do
período considerado, no caso, desde abril de 98. Embora os preços
estejam congelados desde abril de
97, não vai ser concedido aumento
para esse período", afirmou.
O reajuste vai considerar a inflação somente do período de abril de
98 até hoje, que representa 7,9%
pelo IGP-DI, segundo Guerreiro. A
homologação do aumento deve
ocorrer nesta semana.
No caso da telefonia interurbana,
a "cesta de serviços" inclui o valor
do minuto da chamada nas áreas
metropolitanas e em outras localidades. Cada distância tem uma tarifa. Mas o contrato de concessão
impõe a incorporação de um ganho de produtividade no valor médio do reajuste, que é de 2%.
"Isso significa que, tendo em vista a taxa de inflação de 7,9%, os
serviços interurbanos só poderão
ter aumentos de 6,5% a 7%", disse.
No caso dos serviços de longa
distância internacionais, a transferência de ganhos de produtividade
para os usuários é de 5%, o que limita, na prática, o reajuste de 2%.
"Os reajustes de tarifas são diferenciados de tal forma que uma
conta de telefone fixo média para
uma assinante jamais chegará aos
7,9% porque ele é composta por
uma parcela local, uma nacional e
outra internacional", disse.
Ele afirmou estar convicto de que
haverá uma competição acirrada
entre as empresas. O Dia dos Pais
(agosto) pode marcar o início das
promoções.
O jornalista Antonio Carlos Seidl viajou a convite do Futurecom 2000
Texto Anterior: Diretor da DPZ fala hoje sobre jornais Próximo Texto: Telefonia de SP ainda perde para Telesp Índice
|