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Telefonia de SP ainda perde para Telesp
do enviado especial a Foz do Iguaçu
A qualidade da telefonia em
São Paulo, especificamente na
capital paulista, é hoje inferior à
do serviço que era prestado pela
antiga Telesp. A avaliação é de
Renato Guerreiro, presidente da
Anatel.
Segundo ele, a recuperação começa a aparecer agora. "Evidentemente, ainda não chegamos
aos níveis que a extinta Telesp
oferecia aos paulistanos até
meados do ano passado, antes
da privatização", afirmou, em
entrevista, em Foz do Iguaçu.
"No interior, porém, os serviços têm se mantido em níveis
muito próximos aos do período
anterior à privatização."
Guerreiro disse que tem observado uma "crescente melhoria"
no nível de qualidade dos serviços prestados pela Telefônica na
cidade de São Paulo.
"A deterioração dos serviços
atingiu o fundo do vale da qualidade em março deste ano", disse.
Segundo Guerreiro, a qualidade dos serviços telefônicos em
São Paulo voltará aos níveis pré-privatização até dezembro deste
ano, "a não ser que aconteça
uma desordem absolutamente
impensável hoje".
Ivan Campagnolli, vice-presidente de operações da Telefônica, concorda que os meses de
março e abril marcaram o pior
período em termos de qualidade
de atendimento da empresa.
Segundo ele, o índice de defeitos continua elevado, mas a empresa está conseguindo repará-los em um prazo mais rápido.
"Em abril tínhamos 8,4 reclamações para cada 100 clientes.
Em junho esse número já será
menor", afirmou. Segundo ele, a
meta é chegar com 3 reclamações por cada 100 clientes até o
fim do ano. "A Telesp tinha cerca de 4,5 reclamações."
Guerreiro disse que a evolução
da qualidade é muito mais lenta
do que o ritmo de instalação de
novas linhas telefônicas, conforme o exemplo da Telefônica.
Segundo Guerreiro, a maior
preocupação da Anatel agora é
com a qualidade dos serviços telefônicos, uma vez que as novas
operadoras dão sinais de que
vão cumprir as metas contratuais de universalização.
"As empresas reclamaram
muito das ousadas metas de universalização. Mas deixamos claro que elas eram inegociáveis. Se
não fosse para colocar metas ousadas, teríamos continuado com
o modelo estatal nas telecomunicações."
Guerreiro disse que a Anatel
vai agora cobrar das operadoras
os investimentos que são necessários para a recuperação da
qualidade. "O crescimento acelerado da oferta de linhas telefônicas tem de andar no mesmo
ritmo da melhoria da qualidade
dos serviços."
Segundo Guerreiro, a Anatel
está insatisfeita com o desempenho das novas operadoras com
relação a alguns indicadores de
qualidade. Ele disse que o número de reclamações sobre lançamento incorretos nas contas telefônicas ainda está, na maioria
das empresas, em "um nível acima do que seria desejável".
Colaborou a Reportagem Local
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