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São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2003

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Impacto no Brasil ainda é incerto

ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se as previsões feitas ontem por Alan Greenspan se concretizarem, as consequências para o Brasil tendem a ser positivas no longo prazo, mas envolvem alguns transtornos financeiros nos próximos meses.
Segundo Júlio de Almeida, diretor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), se a economia norte-americana voltar a crescer com força em 2004, nossas exportações para os Estados Unidos, que já cresceram 18,8% entre janeiro e maio deste ano, tendem a aumentar ainda mais.
Já a declaração de Greenspan de que as chances de deflação são pequenas, ainda que haja algum risco, pode representar redução do fluxo de recursos para países emergentes no curto prazo.
Isso porque o presidente do Federal Reserve deixou claro que não pretende comprar títulos de longo prazo para forçar uma queda dos juros futuros para aquecer a economia.
Com isso, os juros de longo prazo nos EUA tendem a subir. Ontem, as taxas anuais pagas pelos títulos do Tesouro norte-americano de dez anos dispararam. Como o risco desses papéis é muito baixo, se seu retorno fica mais atrativo, investidores podem preferir migrar para os EUA.
Além disso, com a recuperação da economia, as Bolsas de Valores dos EUA também se tornam mais atrativas para investidores.


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