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SAIBA MAIS
Impacto no Brasil ainda é incerto
ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se as previsões feitas ontem por Alan Greenspan se
concretizarem, as consequências para o Brasil tendem a ser positivas no longo
prazo, mas envolvem alguns
transtornos financeiros nos
próximos meses.
Segundo Júlio de Almeida,
diretor do Iedi (Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial), se a economia norte-americana voltar a crescer com força em
2004, nossas exportações para os Estados Unidos, que já
cresceram 18,8% entre janeiro e maio deste ano, tendem
a aumentar ainda mais.
Já a declaração de Greenspan de que as chances de deflação são pequenas, ainda
que haja algum risco, pode
representar redução do fluxo de recursos para países
emergentes no curto prazo.
Isso porque o presidente
do Federal Reserve deixou
claro que não pretende comprar títulos de longo prazo
para forçar uma queda dos
juros futuros para aquecer a
economia.
Com isso, os juros de longo prazo nos EUA tendem a
subir. Ontem, as taxas
anuais pagas pelos títulos do
Tesouro norte-americano
de dez anos dispararam. Como o risco desses papéis é
muito baixo, se seu retorno
fica mais atrativo, investidores podem preferir migrar
para os EUA.
Além disso, com a recuperação da economia, as Bolsas
de Valores dos EUA também se tornam mais atrativas para investidores.
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