São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005

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TANGO DOS PREÇOS

Mercado estima alta de 10,5% no ano, mas governo vê situação sob controle

Inflação preocupa na Argentina

DA REUTERS

O governo argentino reiterou ontem que a inflação no país está controlada, mesmo considerando que um grupo de analistas -consultados pelo banco central do país- voltou a elevar as suas projeções, em um momento em que é retomada a controvérsia política sobre a origem da alta de preços.
A inflação "é um problema definitivamente controlado", disse o chefe-de-gabinete do governo Kirchner, Alberto Fernández. As declarações do ministro vieram um dia depois de uma pesquisa semanal do BC, entre mais de 50 analistas, mostrar uma previsão média de inflação de 10,5% para o ano, contra 10,3% da semana anterior e 7,1% projetados em janeiro.
As estimativas para julho ficaram em 1%, ante 0,9% previsto na semana anterior, o que levaria a inflação acumulada nos primeiros sete meses do ano para o patamar de 7,1%.
Esse resultado da inflação ficaria perto dos 8% que o próprio BC antevê para o ano de 2005.
Mas a crescente inflação já sacudiu o cenário político, a poucos meses das eleições legislativas nacionais que o presidente Néstor Kirchner considera como um plebiscito sobre seus mais de dois anos de governo.
O Ministério da Economia informou que os acordos salariais passarão a ser controlados para evitar que a alta no rendimento afete os preços por meio do aumento do consumo privado.
Os sindicatos e as associações de defesa do consumidor, por sua vez, refutaram a hipótese de a inflação ser gerada pelos salários e culparam os empresários.


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