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TANGO DOS PREÇOS
Mercado estima alta de 10,5% no ano, mas governo vê situação sob controle
Inflação preocupa na Argentina
DA REUTERS
O governo argentino reiterou
ontem que a inflação no país está controlada, mesmo considerando que um grupo de analistas -consultados pelo banco
central do país- voltou a elevar
as suas projeções, em um momento em que é retomada a
controvérsia política sobre a
origem da alta de preços.
A inflação "é um problema
definitivamente controlado",
disse o chefe-de-gabinete do governo Kirchner, Alberto Fernández. As declarações do ministro vieram um dia depois de
uma pesquisa semanal do BC,
entre mais de 50 analistas, mostrar uma previsão média de inflação de 10,5% para o ano, contra 10,3% da semana anterior e
7,1% projetados em janeiro.
As estimativas para julho ficaram em 1%, ante 0,9% previsto
na semana anterior, o que levaria a inflação acumulada nos
primeiros sete meses do ano para o patamar de 7,1%.
Esse resultado da inflação ficaria perto dos 8% que o próprio
BC antevê para o ano de 2005.
Mas a crescente inflação já sacudiu o cenário político, a poucos meses das eleições legislativas nacionais que o presidente
Néstor Kirchner considera como um plebiscito sobre seus
mais de dois anos de governo.
O Ministério da Economia informou que os acordos salariais
passarão a ser controlados para
evitar que a alta no rendimento
afete os preços por meio do aumento do consumo privado.
Os sindicatos e as associações
de defesa do consumidor, por
sua vez, refutaram a hipótese de
a inflação ser gerada pelos salários e culparam os empresários.
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