São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005

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MERCADO EXTERNO

Avanço do clima seco no Meio-Oeste dos EUA eleva cotação do grão em 10% na semana em Chicago

Milho atinge a maior cotação em um ano

DA BLOOMBERG

A seca nos Estados Unidos tem impulsionado as cotações futuras de grãos. O milho subiu ontem na Bolsa de Chicago e atingiu o maior valor em um ano. A soja também se valorizou, pelo quinto pregão consecutivo.
O principal motivo para os aumentos são as especulações de que a seca está se propagando no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Parte das lavouras encontra-se na fase de floração, suscetível ao clima seco.
As temperaturas poderão alcançar os níveis mais elevados do ano, até o próximo dia 21, e deverão permanecer em níveis superiores ao normal até o início de agosto, de acordo com John Dee, presidente da Global Weather Monitoring, com sede no Estado de Michigan.
"Não haverá grandes volumes de chuvas generalizadas na semana que vem, e as pessoas ficarão surpresas com a rapidez com que as temperaturas vão subir na próxima semana", disse Dee. "Não são muitas as boas notícias para as lavouras do Meio-Oeste."
As cotações dos contratos futuros de milho para entrega em setembro -o primeiro contrato- subiram 2,9% ontem, para US$ 2,5775 por bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago -o mais elevado preço de fechamento para o contrato mais negociado desde o dia 7 de julho do ano passado.
O milho, empregado também na produção de ração animal, subiu 10% nesta semana e teve valorização de 33% em relação à sua baixa recorde de 34 meses, registrada em fevereiro deste ano, de US$ 1,94.

Soja
Os contratos futuros de soja para entrega em agosto -o primeiro contrato- subiram 0,14% ontem em Chicago, para US$ 7,21 por bushel. Foi a quinta alta consecutiva da oleaginosa no mercado externo.
Um contrato futuro é um acordo de compra ou de venda de uma commodity a um preço e em uma data determinados.
O milho e a soja, os dois maiores produtos agrícolas dos Estados Unidos, estão entre as commodities de melhor desempenho neste ano. O milho subiu 26% e a soja teve valorização de 37% desde o início deste ano.


Com a Redação

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