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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Executivos dizem ser melhores que o chefe
Executivos acreditam que
são capazes de realizar o trabalho melhor que o próprio chefe.
A conclusão é de pesquisa da
Korn/ Ferry International, feita com executivos de mais de
70 países.
De acordo com o levantamento, cerca de 73% dos entrevistados acreditam que podem
exercer um trabalho melhor
que seus superiores.
O desejo de ocupar um cargo
de chefia também está presente
entre a maioria dos entrevistados. Cerca de 65% deles afirmaram que aspiram a ter o trabalho do chefe.
A comparação com superiores é inevitável. Segundo Adílson Parrella, sócio da Korn/
Ferry, "principalmente para
quem tem as motivações de
carreira orientadas pelo crescimento profissional, a comparação é natural".
No entanto, a percepção pode ser verdadeira ou equivocada. Para Parrella, há os que são
de fato mais capacitados que
seus superiores, mas existem
também aqueles executivos
que possuem uma visão parcial
ou simplista das atividades feitas pelo chefe ou que recebem
apenas uma parte das informações sobre as funções do time
de liderança.
Quando questionados sobre
como eles avaliam o desempenho de seus superiores, grande
parte demonstrou impressão
positiva. Cerca de 14% responderam "excelente", e 28% afirmaram que avaliam seus gerentes como "acima da média".
Para 23% o desempenho é
"médio". Outros 14% responderam "abaixo da média". E
11% afirmaram que é "pobre" a
performance dos chefes no trabalho.
Apesar de afirmarem que se
consideram melhores que seus
chefes, a maioria confia no trabalho executado por eles.
Quando a pergunta foi "Você
confia no seu chefe?", 66% responderam que sim.
De acordo com Parrella, as
oportunidades de trabalho não
acompanham necessariamente
o momento de cada profissional. Para alguns, pode-se falar
em uma qualificação excessiva.
Em outros casos, não há perfis
adequados para as vagas.
"Nos EUA, por exemplo, nos
próximos cinco anos, vamos ter
cerca de 40% dos executivos
em nível de CEO (Chief Executive Officer) e COO (Chief Operating Officer) que vão se aposentar e não vai haver profissionais suficientes com qualificação para substitui-los."
No Brasil, Parrella aponta
uma demanda muito grande de
profissionais para ocupar cargos de gerente sênior. Ele também afirma que as áreas de sustentabilidade e relações com
investidores enfrentam hoje
uma carência de profissionais.
NA LENTE
A WL, do empresário Marcos Amaro, passou a representar
uma das maiores grifes óticas européias, a Alain Mikli. A
empresa acaba de iniciar uma joint venture com o designer
de óculos francês Alain Mikli para trazer ao Brasil a linha de
sua autoria em parceria com Philippe Starck. A WL investiu
US$ 1 milhão no projeto Mikli no Brasil.
DE OLHO NO TERMÔMETRO
O empresário Mauro Razuk, sócio da Zêlo, de cama, mesa
e banho, acompanha, todos os dias, com muita atenção, a
previsão do tempo. "Vejo todos os sites e canais de meteorologia", diz. O hábito tem uma explicação -se a temperatura cai, o movimento nas lojas aumenta. Se o movimento é
maior, é preciso acelerar também a produção. Desde o Dia
das Mães até o meio de junho, segundo Razuk, a produção
foi altíssima, com três turnos de funcionários. "Os edredons
nós até vendemos bem sempre. Os cobertores, só quando faz
frio", diz.
RECUPERAÇÃO MODESTA
A recuperação do segmento de máquinas agrícolas ainda é
modesta, segundo indicadores que serão divulgados hoje pela Abimaq (veja quadro acima). O presidente da associação, Newton de Mello, recomenda cautela para os fabricantes de
implementos "porque os produtores rurais estão endividados, estão enfrentando a alta nos insumos agrícolas e o câmbio também não ajuda".
EDUCAÇÃO
A Universidade Anhembi
Morumbi está investindo R$
20 milhões em laboratórios,
tecnologia educativa, centro
clínico próprio e pesquisa. A
idéia é consolidar a área de
ciências da saúde e a formação do conselho consultivo
da sua escola de medicina.
PÃO QUENTE
A Casa do Pão Queijo, neste mês, passou a fazer serviço de entrega em 38 lojas da
rede. O delivery é feito em
unidades distribuídas pelos
Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo,
Santa Catarina, Bahia, Pará
e Goiás.
NO AR
A OceanAir Táxi Aéreo assinou um contrato com a
AgustaWestland italiana para comercializar 65 helicópteros em até cinco anos. Em
menos de um ano, a empresa
brasileira vendeu 32 aeronaves e afirma que vai reajustar as metas.
SENTADO
A Flexform investiu cerca
de R$ 4 milhões na sua Linha de Poltronas 2008 para
desenvolver mais de 15 modelos diferentes, criar novas
tecnologias e design. A linha
008 é assinada pelos designers italianos Baldanzi &
Novelli.
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