São Paulo, segunda-feira, 16 de julho de 2007

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GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Executivos dizem ser melhores que o chefe

Executivos acreditam que são capazes de realizar o trabalho melhor que o próprio chefe. A conclusão é de pesquisa da Korn/ Ferry International, feita com executivos de mais de 70 países.
De acordo com o levantamento, cerca de 73% dos entrevistados acreditam que podem exercer um trabalho melhor que seus superiores.
O desejo de ocupar um cargo de chefia também está presente entre a maioria dos entrevistados. Cerca de 65% deles afirmaram que aspiram a ter o trabalho do chefe.
A comparação com superiores é inevitável. Segundo Adílson Parrella, sócio da Korn/ Ferry, "principalmente para quem tem as motivações de carreira orientadas pelo crescimento profissional, a comparação é natural".
No entanto, a percepção pode ser verdadeira ou equivocada. Para Parrella, há os que são de fato mais capacitados que seus superiores, mas existem também aqueles executivos que possuem uma visão parcial ou simplista das atividades feitas pelo chefe ou que recebem apenas uma parte das informações sobre as funções do time de liderança.
Quando questionados sobre como eles avaliam o desempenho de seus superiores, grande parte demonstrou impressão positiva. Cerca de 14% responderam "excelente", e 28% afirmaram que avaliam seus gerentes como "acima da média".
Para 23% o desempenho é "médio". Outros 14% responderam "abaixo da média". E 11% afirmaram que é "pobre" a performance dos chefes no trabalho.
Apesar de afirmarem que se consideram melhores que seus chefes, a maioria confia no trabalho executado por eles. Quando a pergunta foi "Você confia no seu chefe?", 66% responderam que sim.
De acordo com Parrella, as oportunidades de trabalho não acompanham necessariamente o momento de cada profissional. Para alguns, pode-se falar em uma qualificação excessiva. Em outros casos, não há perfis adequados para as vagas.
"Nos EUA, por exemplo, nos próximos cinco anos, vamos ter cerca de 40% dos executivos em nível de CEO (Chief Executive Officer) e COO (Chief Operating Officer) que vão se aposentar e não vai haver profissionais suficientes com qualificação para substitui-los."
No Brasil, Parrella aponta uma demanda muito grande de profissionais para ocupar cargos de gerente sênior. Ele também afirma que as áreas de sustentabilidade e relações com investidores enfrentam hoje uma carência de profissionais.

NA LENTE

A WL, do empresário Marcos Amaro, passou a representar uma das maiores grifes óticas européias, a Alain Mikli. A empresa acaba de iniciar uma joint venture com o designer de óculos francês Alain Mikli para trazer ao Brasil a linha de sua autoria em parceria com Philippe Starck. A WL investiu US$ 1 milhão no projeto Mikli no Brasil.

DE OLHO NO TERMÔMETRO

O empresário Mauro Razuk, sócio da Zêlo, de cama, mesa e banho, acompanha, todos os dias, com muita atenção, a previsão do tempo. "Vejo todos os sites e canais de meteorologia", diz. O hábito tem uma explicação -se a temperatura cai, o movimento nas lojas aumenta. Se o movimento é maior, é preciso acelerar também a produção. Desde o Dia das Mães até o meio de junho, segundo Razuk, a produção foi altíssima, com três turnos de funcionários. "Os edredons nós até vendemos bem sempre. Os cobertores, só quando faz frio", diz.

RECUPERAÇÃO MODESTA

A recuperação do segmento de máquinas agrícolas ainda é modesta, segundo indicadores que serão divulgados hoje pela Abimaq (veja quadro acima). O presidente da associação, Newton de Mello, recomenda cautela para os fabricantes de implementos "porque os produtores rurais estão endividados, estão enfrentando a alta nos insumos agrícolas e o câmbio também não ajuda".

EDUCAÇÃO
A Universidade Anhembi Morumbi está investindo R$ 20 milhões em laboratórios, tecnologia educativa, centro clínico próprio e pesquisa. A idéia é consolidar a área de ciências da saúde e a formação do conselho consultivo da sua escola de medicina.

PÃO QUENTE
A Casa do Pão Queijo, neste mês, passou a fazer serviço de entrega em 38 lojas da rede. O delivery é feito em unidades distribuídas pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Bahia, Pará e Goiás.

NO AR
A OceanAir Táxi Aéreo assinou um contrato com a AgustaWestland italiana para comercializar 65 helicópteros em até cinco anos. Em menos de um ano, a empresa brasileira vendeu 32 aeronaves e afirma que vai reajustar as metas.

SENTADO
A Flexform investiu cerca de R$ 4 milhões na sua Linha de Poltronas 2008 para desenvolver mais de 15 modelos diferentes, criar novas tecnologias e design. A linha 008 é assinada pelos designers italianos Baldanzi & Novelli.


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