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Reunião do Copom é o destaque da semana
Inflação nos EUA e ata do Fed
também chamam a atenção
DA REPORTAGEM LOCAL
Diferentes eventos e dados
econômicos devem fazer desta
uma semana agitada no mercado financeiro.
A reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC) é
o evento mais relevante da
agenda doméstica.
Para a Bolsa de Valores de
São Paulo, quanto mais caírem
as taxas de juros, melhor, pois
isso acaba por estimular investidores a correr mais riscos
-comprando ações- como
forma de tentar conquistar retornos maiores.
Entre amanhã e quarta-feira,
os diretores e o presidente do
BC vão discutir para definir em
quanto a taxa básica da economia, a Selic, será reduzida. O juro está hoje em 12% anuais.
A maioria dos analistas de
mercado acredita em uma queda de 0,50 ponto percentual na
taxa básica. Há quem aposte
também numa decisão mais
conservadora -um corte de
0,25 ponto percentual.
No final deste ano, segundo a
última pesquisa feita pela autoridade monetária com cem instituições financeiras, a Selic deve estar em 10,75% anuais. Ou
seja, o processo de queda da taxa básica brasileira ainda deve
continuar.
Mas a atenção de investidores e analistas não se restringirá ao cenário doméstico.
Nos Estados Unidos, a agenda dos próximos dias traz a divulgação de importantes dados
de inflação.
Amanhã vai ser apresentado
o resultado do PPI (índice de
inflação ao produtor norte-americano, na sigla em inglês).
A expectativa é que o indicador
de preços aponte uma elevação
de 0,1% em junho, após o aumento de 0,9% registrado no
mês anterior.
Para o núcleo do PPI, que exclui a variação dos preços de
energia e alimentação, espera-se que a alta tenha ficado em
0,2% no mês passado.
Na quarta-feira, é a vez de ser
conhecido o CPI (o índice de
inflação ao consumidor dos
EUA). O mercado espera que a
taxa recue de 0,7% em maio para 0,2% em junho.
"A agenda econômica desta
semana está carregada de indicadores, e as atenções deverão
ficar divididas entre os diversos
números da economia norte-americana, mais o depoimento
de Ben Bernanke [presidente
do Federal Reserve, o BC norte-americano], e os dados internos, com a decisão da taxa
Selic", segundo avaliação da
corretora Coinvalores.
Risco
Se os dados de inflação nos
Estados Unidos decepcionarem, as Bolsas de Valores mundiais podem responder com
quedas das ações.
Pressões inflacionárias acima do projetado acabam por
elevar a possibilidade de o Federal Reserve decidir subir a taxa básica de juros do país, movimento que levaria os grandes
investidores a vender ações para comprar títulos do Tesouro
norte-americano.
Ainda nos Estados Unidos,
será conhecida, nesta quinta-feira, a ata da última reunião do
Fed. Se o documento mostrar
que a autoridade monetária
americana anda muito preocupada com a evolução dos preços
no país, o mercado pode ter
uma reação negativa.
Hoje, o IBGE divulga o resultado das vendas do comércio
varejista brasileiro relativo ao
mês de maio.
Para a consultoria LCA, "o
volume de vendas no varejo deve ter ficado 8,8% acima do observado em maio de 2006. Descontados os efeitos sazonais, isso representaria uma queda de
0,4% em relação a abril".
"Caso essa expectativa se
confirme, seria a primeira variação negativa do volume de
vendas no varejo neste ano, na
comparação com o mês precedente", diz a LCA.
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