São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Crise é tema mais debatido nas eleições dos EUA

DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK

Apontada nas pesquisas como maior preocupação dos eleitores dos EUA, a economia do país tem praticamente monopolizado o debate na campanha para o comando da Casa Branca. O tema ofusca até discussões sobre a Guerra do Iraque, que ganhou destaque ontem no noticiário, mas que tem sido deixada em segundo plano desde o início do ano.
Até o republicano John McCain, candidato da situação, menciona a gravidade da crise e tenta se distanciar da política do governo George W. Bush. Na semana passada, defendeu um projeto para reverter um dos piores legados do atual presidente: prometeu zerar em quatro anos o déficit anual do Orçamento do país, que explodiu na era Bush e deve ficar em US$ 410 bilhões neste ano. O degrau entre arrecadação e gastos públicos é citado com freqüência por ter impulsionado a desvalorização do dólar, o que contribuiu para o aumento no preço dos combustíveis.
Sem criticar Bush -que o apóia, mas que, com a aprovação em 28%, tem sido mantido longe de seu palanque-, McCain defende descontos no imposto da gasolina em feriados, ampliação de parcerias de livre comércio, fim dos subsídios ao álcool de milho e, apesar de propor equilibrar o Orçamento, redução de impostos.
O democrata Barack Obama tenta emplacar o conceito de que McCain representa o "terceiro mandato de Bush". "Você gosta da economia do Bush? Contrate McCain", diz vídeo divulgado por sua campanha.
Obama disse ontem, em discurso sobre política internacional, que a gasolina cara "é uma das mais poderosas armas" contra os EUA. "Embarcamos cerca de US$ 700 milhões por dia a nações instáveis e hostis [em pagamento] por petróleo", disse. Ele promete alívio de impostos e criação de 5 milhões de empregos na produção de combustíveis "ecológicos".


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