São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Empresas aéreas vendem anúncios em bilhete

DA ASSOCIATED PRESS

Diversas das grandes companhias de aviação norte-americanas começarão a veicular publicidade em cartões de embarque para passageiros que fazem seu check in de casa. Os passageiros poderão imprimir os cartões de embarque sem a publicidade, caso prefiram.
A Sojern, que está vendendo a publicidade, e a Delta Air Lines começaram a usar os cartões de embarque com publicidade ontem, em vôos para Las Vegas, e logo em seguida a medida valerá para outras rotas.
As concorrentes Northwest, US Airways, Continental Airlines e United Airline começarão a usar o sistema nos próximos meses, segundo a Sojern.
As companhias aéreas detêm uma participação minoritária na Sojern e dividirão com a empresa a receita dos anúncios.
Nenhum dos grupos envolvidos informou o quanto espera faturar com o sistema. Mas a Northwest Airlines disse que 40% dos check ins da empresa são realizados on-line, o que representa cerca de 30 milhões de passageiros ao ano. Ela espera faturar milhões de dólares com essa publicidade.
Os viajantes que fazem check in de casa verão seu cartão de embarque acompanhado de informações sobre seu destino, como o clima, os restaurantes e as atrações na cidade para a qual estão voando. A Sojern informou que manterá o tamanho do cartão de embarque limitado a uma página impressa, o mesmo dos atuais bilhetes sem publicidade.
A empresa não personalizará os anúncios, por enquanto, mas pode começar a fazê-lo no futuro, disse Gordon Whitten, presidente-executivo da Sojern.
Ele afirmou que sua companhia já manteve contato com outras empresas de aviação sobre a venda de publicidade em cartões de embarque.
Os anúncios em cartões de embarque são apenas o mais recente esforço das companhias a fim de ajudar a levantar mais dinheiro e compensar a disparada nos custos do combustível de aviação. Muitas delas já demitiram funcionários, promoveram reduções de capacidade e aumentaram as tarifas pagas pelos passageiros, introduzindo taxa para embarcar mais de uma mala e cobrança pelas bebidas não-alcoólicas, entre outras medidas.
Segundo relatório da agência Fitch Ratings, as medidas tomadas pelas empresas aéreas americanas devem ser insuficientes para diminuir os custos provocados pelo aumento nos preços dos combustíveis. Várias delas poderão pedir concordata no ano que vem, de acordo com a Fitch.
As companhias de aviação podem perder mais de US$ 6,1 bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo a Iata (associação mundial que reúne as empresas aéreas).


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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