Na próxima terça-feira, empresários brasileiros e norte-americanos vão se reunir com o presidente Barack Obama, em Washington, para debater temas como eficiência energética e a ampliação do fluxo comercial entre os países. Uma das principais questões será um possível acordo para evitar a bitributação -tema discutido, na semana passada, por técnicos da Receita Federal e do Departamento do Tesouro dos EUA.
A reunião faz parte do quarto encontro do Fórum Brasil-EUA, grupo que reúne 20 altos executivos das maiores empresas dos dois países (escolhidas pelos governos) a fim de estimular as trocas comerciais. Entre 2000 e 2008, as exportações brasileiras para os EUA mais que dobraram, e a corrente comercial Brasil-EUA atingiu US$ 40,3 bilhões.
De acordo com a Apex (Agência Nacional de Promoção de Exportações e Investimentos), o Brasil tem 28 tratados em vigor para evitar a bitributação, mas nenhum com os EUA. Um chegou a ser assinado, mas não passou no Senado americano. Também compõem a pauta de discussão deste ano as negociações da Rodada Doha e a cooperação na área de energia renovável, interesse americano.
Desde que foi criado, em 2007, o Fórum já ajudou a melhorar a agilidade na concessão de vistos e promoveu seminários de atração de investimentos americanos para o Brasil, afirma Alessandro Teixeira, presidente da Apex, entidade que coordena a reunião, em conjunto com o Departamento de Comércio americano.
Neste ano, três empresas que compunham o lado americano saíram: a problemática GM, a fabricante de alumínios Alcoa e a Intel, cujo CEO se aposentou, trocadas pela Praxair, fabricante de gás, pela Andarko, do ramo de petróleo, e pela CH2M Hill, da construção civil.
Entre os brasileiros, estarão João Roberto Ermírio de Moraes (Votorantim), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau), Marcelo Odebrecht (Odebrecht) e Roger Agnelli (Vale), além dos ministros Miguel Jorge (Comércio Exterior) e Dilma Rousseff (Casa Civil).

O RETORNO

Depois de cinco anos separados, o advogado Rubens Serra voltou a se unir ao antigo sócio Antonio de Azevedo Sodré para liderarem o escritório Azevedo Sodré Advogados, banca com mais de 40 anos de prática jurídica. Nos 15 anos que os dois atuaram juntos, o escritório teve mais de cem profissionais e somou 15 mil processos. Nessa nova velha etapa, a meta é atuar em todas as áreas da advocacia com um time de 80 a 100 advogados. Segundo Serra, movimentos como esse, de antigos sócios reabrirem a sociedade, são incomuns na área, de resto em qualquer outra atividade. "Cada um foi para o seu lado e agora reabrimos o Azevedo Sodré", diz Serra, que ainda perdeu 30 quilos nesse seu novo figurino.

ALTO RISCO

Companhias investidas por fundos de "private equity" (cujas ações são negociadas em âmbito restrito) e "venture capital" (com perspectivas de crescimento rápido, mas de alto risco) buscam profissionais com foco em gestão de caixa, capazes de atuar em ambientes pouco estruturados e dispostos a assumir riscos. Profissionais com experiência no ramo também são desejados. A principal fonte de recrutamento nessas empresas são rede de contato e "headhunters". Segundo pesquisa da consultoria DBM, 60% não abrem mão de participar da escolha de "managers".

PIPOCA
A Vale vai estrear no cinema. A empresa irá veicular um anúncio em todas as salas que exibirem o filme "Harry Potter" em São Paulo, Rio e Brasília. O objetivo é atingir o público jovem.

NA CASA BRANCA
Paulo Skaf (Fiesp) está tentando agendar um encontro com Barack Obama, na Casa Branca. Ele quer liderar uma delegação de empresários, parlamentares e juízes brasileiros para alguns encontros nos EUA. Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos EUA, foi destacado para essa tarefa. A informação foi dada pelo próprio Skaf durante reunião ontem na Fiesp com empresários. Muitos não acreditaram no que ouviram.

TIJOLO
A Caixa e a Prefeitura de Uberaba (MG) assinaram contrato para construir dois empreendimentos do Minha Casa Minha Vida para famílias com até três salários mínimos. São os primeiros contratos do tipo no Estado.

CANUDO
O consumo de refrigerantes cresceu 2,1% nos últimos 12 meses encerrados em junho ante o ano anterior. A crise não abalou o setor.

PROTESTOS
Em junho de 2009, foram protestados 80.566 títulos, segundo pesquisa feita pelo Instituto de Protestos de São São Paulo com os dez tabeliães da capital. A queda foi de 6,5% ante maio.

ALTO MAR
Adam Goldstein (Royal Caribbean), Pierfrancesco Vago (MSC) e Píer Luigi Foschi (Costa Cruzeiros), presidentes das maiores empresas de cruzeiros marítimos do mundo, terão um encontro no Brasil, em agosto.

ÂNCORA
O grupo, convidado por Ricardo Amaral, da Abremar (associação de empresas marítimas), se reunirá no Brasil para tentar entender por que o país ainda não se consolidou como destino obrigatório de grandes navios do turismo náutico. Amaral diz que mostrará os entraves do país, que tem hoje 500 mil cruzeiristas, mas poderia ter 5 milhões se investisse em infraestrutura portuária e marco legal adequados.