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TRIBUTOS
Frigoríficos afirmam que terão isenção
MAURO ZAFALON
DA REPORTAGEM LOCAL
VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora o secretário de
Política Econômica, Nelson Barbosa, tenha afirmado que a União esgotou
a capacidade de conceder
novas isenções tributárias,
representantes de frigoríficos dizem que o ministro
Guido Mantega se comprometeu anteontem, em
reunião com empresários,
a desonerar o PIS e Cofins
para empresas que atuam
no mercado interno.
Procurado, o Ministério
da Fazenda não comentou
o tema. Péricles Salazar,
presidente da Abrafrigo,
diz que empresas que exportam mais do que vendem no país, na prática, já
são beneficiadas com a
isenção. "Mas, para quem
vende só no país, a regra
atual resultava em carga
tributária de 4,5% sobre o
faturamento da empresa",
afirma Salazar, que representa pequenas e médias
companhias.
"Havia uma concorrência predatória dos frigoríficos que exportavam. Tinha empresa quebrando
por conta disso", disse Benedito da Silva Ferreira,
diretor do Departamento
de Agronegócio da Fiesp.
A Abiec (associação de
exportadoras de carne) argumenta, porém, que a
medida beneficia todos os
frigoríficos, e que ninguém no setor foi contrário à ação. Nas exportações, os frigoríficos passarão a ter crédito de 50%
referente ao PIS/Cofins.
A Abiec também diz que
a renúncia fiscal será compensada com o avanço da
formalização no mercado.
Empresários afirmam
que, com a formalização
no setor, o abate ilegal de
animais deve diminuir, e
as condições sanitárias da
carne vendida no Brasil
tendem a melhorar.
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