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FREADA
Indicador cresce só 0,79% no segundo trimestre do ano e registra queda de 0,99% em relação ao primeiro trimestre
PIB mostra que a desaceleração é forte
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A economia brasileira desacelerou mais rápido do que o previsto. É isso o que revela o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo
trimestre deste ano, que cresceu
apenas 0,79% na comparação
com o mesmo período do ano
passado. Em relação ao primeiro
trimestre, a taxa caiu 0,99%.
O crescimento de 0,79% é a menor expansão do PIB (soma de todas as riquezas produzidas no
país) desde o terceiro trimestre de
1999, quando havia ficado em
0,49%. Já a taxa de -0,99%, é a primeira retração desde o quarto trimestre de 1998 (-0,75%). No primeiro trimestre de 2001, o PIB havia crescido 4,28% na comparação com o ano passado.
O resultado contraria todas as
previsões do mercado, que esperava, em média, crescimento de
3% na comparação com 2000.
Também não confirma a expectativa de incremento de 3,7% do
Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).
Segundo o IBGE, a indústria teve o maior impacto na retração do
PIB. O setor cresceu somente
0,41% no trimestre ante o mesmo
período de 2000, enquanto o de
serviços expandiu-se 2,24% e o
agropecuário (de menor peso),
0,18%.
O governo também se surpreendeu com os dados do IBGE
sobre o PIB. "Os números vieram
abaixo do que se esperava", afirmou o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, Fernando Montero.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier,
disse por meio de sua assessoria
que o governo não vai rever a estimativa de crescimento em torno
de 3% para este ano.
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