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ARGENTINA
Resultado da captação do trimestre é o melhor do ano, mas ainda é negativo
Fuga de dinheiro dos bancos diminui
DE BUENOS AIRES
A Argentina conseguiu reduzir,
mas não conter, a fuga de capitais
dos bancos nos últimos meses.
Segundo estudo da Fundação
Mediterrânea, as instituições financeiras devem registrar uma
captação líquida negativa de US$
1,5 bilhão neste trimestre.
O resultado pode ser considerado positivo se comparado aos dos
meses anteriores. Mesmo com o
"corralito" (nome dado pelos argentinos às restrições para o saque de depósitos), escaparam dos
bancos US$ 3 bilhões no primeiro
trimestre e US$ 4,4 bilhões entre
abril e junho.
Para a Fundação Mediterrânea,
as altas taxas de juros pagas pelos
bancos argentinos atraíram os
correntistas para as aplicações a
prazo fixo. Esse investimento permanece mais rentável que o dólar
desde julho, quando a cotação da
moeda norte-americana se estabilizou em cerca de 3,60 pesos.
A consultoria atribuiu a calmaria à melhora da arrecadação pública, que não foi acompanhada
pelo aumento do gasto público.
Além disso, o superávit comercial
-que tem ficado em torno de
US$ 1,5 bilhão ao mês- tem sido
suficiente para conter a queda das
reservas internacionais.
Mas a Fundação Mediterrânea
acredita que o fracasso do acordo
com o FMI -que o governo espera fechar nos próximos dias- ou
o agravamento da crise brasileira poderiam detonar nova corrida
ao dólar.
Scotiabank
O Banco Central conseguiu ontem vender o banco canadense
Scotiabank Quilmes, que estava
suspenso desde abril por falta de
liquidez. O banco foi dividido entre dois pequenos grupos financeiros argentinos: o Macro-Bansud e o Comafi.
Os dois bancos concordaram em dividir as 90 agências do Scotiabank, que em dezembro do ano passado era o nono maior banco argentino. Desde abril, o Scotiabank perdeu 70% dos depósitos, que foram trocados pelos correntistas por títulos públicos.
Apesar da divisão do Scotiabank já ter sido acertada pelo BC
com as duas instituições, o preço do negócio só deve ser fechado no
fim de semana. Os bancos já concordaram em absorver 1.200 dos
1.700 funcionários da instituição.
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