São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 2002

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Contabilidade da AOL terá devassa ampliada

DA REDAÇÃO

O governo norte-americano vai ampliar a devassa nos balanços da AOL Time Warner, o maior grupo de mídia do planeta. A companhia, que já estava sendo investigada por autoridades federais em razão de possíveis fraudes, admitiu que encontrou irregularidades em três outras transações, no valor de US$ 49 milhões, e disse que mais contas estão sob suspeita.
Um dia depois do prazo final para que as maiores companhias dos EUA atestassem a lisura de suas contas, poucos problemas vieram à tona, tranquilizando por ora os investidores de Wall Street. Além da AOL, apenas o laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb revelou possíveis irregularidades contábeis.
A SEC (Securities and Exchange Commission, órgão federal que fiscaliza o mercado financeiro) havia ordenado que os presidentes e os diretores financeiros das 942 maiores empresas de capital aberto enviassem declarações em que se responsabilizam pelos balanços apresentados. Com a exigência, os reguladores norte-americanos tentam coibir a ocorrência de novas fraudes, ao personalizar os responsáveis.

Restrição
A grande maioria das empresas atendeu à exigência. Alguns executivos, em vez de atestar a lisura de suas companhias, preferiram salientar nas declarações que não tinham pleno conhecimento de como foram feitos os balanços. A idéia é evitar uma auto-incriminação, caso surja alguma denúncia no futuro.
Entre os executivos que foram mais reticentes em suas declarações aparecem vários do setor de energia. Não à toa. O setor é o mais problemático no que diz respeito a práticas contábeis suspeitas. A gigante Enron, por exemplo, detonou a onda de escândalos depois de ter entrado em concordata no ano passado.


Com agências internacionais


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