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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa registra queda de 11% em cinco pregões; risco Brasil, medido pelo JP Morgan, sobe 1%
Bolsa cai mais 1,7%; bancos mantêm baixa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda pelo quinto pregão consecutivo ontem. O Ibovespa, índice que reúne as 57 ações mais negociadas no pregão paulista, encerrou o dia em baixa de 1,71%, em 9.183 pontos. Desde
sexta-feira a queda acumulada é de 11%
O volume negociado ontem foi
de R$ 424,623 milhões -ficou
abaixo da média diária dos últimos dias.
As ações do setor bancário continuaram em baixa. Os papéis
preferenciais do Itaú se desvalorizaram em 4% e os do Bradesco
caíram 5,59% -a terceira maior
queda do índice ontem.
As ações do setor financeiro
passaram a sofrer ainda mais nesta semana após terem seus "ratings" reduzidos pela agência de
avaliação de risco Moody's.
Já os papéis do Banco do Brasil
conseguiram boas valorizações.
As ações ordinárias lideraram as
altas do dia -subiram 8,6%; as
preferenciais tiveram alta de
4,3%.
Segundo um operador, os papéis foram beneficiados pelas
mudanças nas regras dos fundos
de investimento anunciadas anteontem pelo governo. O BB tem
forte exposição em LFTs e há a expectativa de que o desempenho
desses títulos melhore.
Apesar dessa associação, o mercado se mantém cético em relação
à eficácia das novas medidas.
Analistas avaliam que é preciso
acompanhar o ritmo de saques
dos fundos para saber se as saídas
são baseadas apenas na queda dos
rendimentos ou se há o temor de
que o governo dê um calote em
sua dívida.
"Em algumas semanas, veremos se o investidor decidiu deixar
de lado os ganhos um pouco
maiores e optou mesmo por preservar seu capital em aplicações
conservadoras, como os CDBs e a
poupança", afirma Eduardo Berger, do banco Lloyds TSB. Ele avalia que as oscilações do mercado
prosseguirão por semanas.
O risco-país brasileiro, medido
pelo banco JP Morgan, subiu 1%
ontem e encerrou o dia em 2.177
pontos. Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, tiveram
queda de 1,4%.
Na BM&F, os negócios com os
juros foram poucos, e as taxas subiram. Os contratos para janeiro
de 2003, os mais negociados, fecharam a 22,70%, contra 22,40%
na quarta-feira. (ANA PAULA RAGAZZI)
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