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PREÇO DA LIDERANÇA
Brasil ouve queixas do Paraguai
País reivindica compensações por causa do combate ao contrabando
CLÁUDIA DIANNI
ENVIADA ESPECIAL A ASSUNÇÃO
Depois de ouvir reclamações
da Argentina, será a vez do governo brasileiro escutar as queixas paraguaias.
O Paraguai também pede o
fim da incidência de contribuições sobre as importações brasileiras e querem discutir linhas
de financiamento para compensar as perdas pela diminuição da
economia informal no país, ou
seja, das atividades ilícitas de
contrabando.
A visita do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na semana
passada já rendeu ao Paraguai
um empréstimo de US$ 300 milhões do BNDES para obras viárias. Mas o governo paraguaio
quer linhas de crédito para gerar
empregos em Ciudad del Este
para aqueles que estão ficando
sem trabalho por causa do combate ao contrabando.
No dia 19, a ministra de Relações Exteriores do Paraguai,
Leila Rachid, encontra-se com o
ministro Celso Amorim. Ela
pretende pedir o fim da incidência de 1,8% de PIS (Programa de
Integração Social) e de 7,6% de
Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre importados. No dia
26 será a vez do presidente Nicanor Duarte -que fará uma visita de trabalho ao país durante
dois dias- reunir-se com Lula
para falar das compensações.
Fontes do governo paraguaio
estimam que cerca de 40% da
economia do país é informal.
Segundo o embaixador do Brasil em Assunção, Luiz Augusto
de Castro Neves, a abertura comercial e a formação do Mercosul gerou um impacto econômico para o Paraguai, cuja economia é altamente dependente das
atividades informais.
"Até o início dos nos 90, o Paraguai era, por exemplo, o
maior fornecedor de uísque do
Brasil. Com a queda nas tarifas
de importação, as pessoas passaram a comprar importados
diretamente nos supermercados", disse o embaixador.
Segundo Castro, o Mercosul
fortaleceu não só a democracia e
as instituições do Paraguai como contribuiu para diminuir a
informalidade da economia.
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