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MERCADO ABERTO
BC ampliou nervosismo, diz analista
A tranqüilidade do mercado
financeiro ontem mostra
que não foram só os fatos
políticos que provocaram
agitação no fim da semana passada. O Banco Central contribuiu
para a inquietação do mercado
ao ter anunciado, na quinta-feira
passada, que iria promover um
leilão de compra de dólar no
mercado à vista. O BC acabou
não comprando dólar.
A avaliação de que o Banco
Central aguçou as expectativas
negativas dos agentes financeiros
é da consultoria Tendências, ao
analisar o comportamento instável do mercado nesses últimos
dias. "O BC foi como uma fagulha num ambiente que parecia
uma câmara de gás", afirmou o
economista Roberto Padovani,
da Tendências. "O mercado de
câmbio é muito sensível, e a iniciativa do BC acabou gerando
muito ruído."
De acordo com avaliação da
Tendências, o Banco Central tem
bastante espaço para intervenção
no mercado cambial. Segundo
Padovani, com o ótimo desempenho da economia mundial, o
que se reflete em fluxos de comércio e capital favoráveis para o
Brasil, as expectativas para o
mercado cambial melhoraram
de modo significativo.
A Tendências estima hoje uma
"sobra" de recursos no mercado
cambial privado ao longo do segundo semestre da ordem de
US$ 10 bilhões. Desse total, o Tesouro deverá absorver cerca de
US$ 2,5 bilhões, o que resulta
num superávit de US$ 7,5 bilhões
em seis meses. Dessa forma, Padovani diz que o Banco Central
pode voltar à sua estratégia de
acumulação de reservas.
A crítica da Tendências em relação à atuação da semana passada refere-se especificamente ao
momento em que o BC decidiu
intervir no mercado cambial. "O
ambiente já estava carregado em
razão da proposta de reajuste do
salário mínimo e dos depoimentos no Congresso", diz Padovani.
"A atuação do BC só ajudou a
provocar mais tensão."
SINAL VERDE
O presidente Lula promove
reunião hoje para estimular os
investimentos em infra-estrutura. A reunião deve contar com
Dilma Rousseff, Antonio Palocci, Paulo Bernardo, Luiz Furlan e
Guido Mantega, entre outros. O
encontro poderá servir para o
governo anunciar vários investimentos no setor, como a estrada
de ferro Transnordestina.
COMEMORAÇÃO
O Guaraná Antarctica põe no
mercado cinco milhões de latas
especiais para festejar o lançamento de seu campeonato, um
torneio de futebol escolar.
AULA PARTICULAR
Os mecanismos que levaram o
Brasil a aumentar as exportações
desde 2003 e histórias da relação
entre governo e setor privado,
com direito a bastidores, serão
abordados por Juan Quirós, da
Apex, em aula amanhã a cerca de
350 alunos e professores dos cursos de economia e relações internacionais da Faap, em SP.
CONTRAÇÃO
As vendas do comércio atacadista de tecidos, vestuário e armarinhos de São Paulo registraram queda de 15% na primeira
quinzena de agosto em relação a
igual período do mês passado.
APERFEIÇOAMENTO
José Alexandre Scheinkman,
professor da Universidade de
Princeton, participou ontem de
workshop com funcionários do
IRB Brasil Re, iniciativa do presidente Marcos Lisboa para aprimorar a qualidade do corpo funcional. "Após implementadas reformas estruturais, o objetivo
agora é investir no capital humano, realizando cursos de treinamento, especialização e estágios
no exterior", disse Lisboa.
NOVELA CORPORTIVA
A Microlins Franchising, uma
das maiores redes de ensino profissionalizante do país, acaba de
lançar uma novela corporativa,
com investimento de R$ 1,5 milhão. "A Hora é Agora" será
apresentada durante curso de
capacitação profissional.
SEM TETO
O novo modelo que a Fiat lançará no fim do mês, o Idea, terá versão com teto solar que ocupará 70% da área da
parte superior do veículo, uma aposta da montadora, que já
tem obtido resultados positivos com esse tipo de veículo. As
vendas do Stilo com teto solar chegam a 20% desde que a Fiat
decidiu lançar uma versão com o equipamento. No Brasil,
historicamente, as vendas com teto solar não ultrapassam
5%. A Fiat espera atingir os mesmos 20% com o Idea.
RECUPERAÇÃO MENOR
Apesar do ritmo de 1,6% de criação de vagas na economia
americana entre junho de 2004 e o mesmo mês neste ano,
acima do registrado (0,5%) desde o fim da última recessão
(novembro de 2001), esse patamar ainda é menor do que o
dos cinco períodos anteriores de expansão no pós-Segunda
Guerra. A análise é do Instituto de Política Econômica, que
comparou iguais períodos de um ano das expansões anteriores (que duraram ao menos 43 meses, como a atual).
NOVO CONCEITO
Em um mercado cada vez
mais concorrido, o "coiffeur"
Mauro Freire inaugura hoje
seu novo empreendimento,
nos Jardins, com 1.200 m2, três
vezes maior que o anterior, e
uma equipe de atendimento
ampliada. A intenção é tornar
possível da compra de presentes (serão mais de 20 grifes
de moda, decoração e design)
até refeições no local -a área
de serviços inclui ainda livraria, papelaria e floricultura. A
Casa Mauro Freire, como será
chamada, terá atendimento
móvel, que permitirá realizar
os tratamentos em qualquer
ambiente dos três andares.
"Quero que as pessoas possam fazer o que quiserem, até
relaxar", afirma Freire.
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