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RETRAÇÃO NO CAMPO
Recuo em 2005 é creditado à agricultura, que sofre devido a fatores climáticos e a preços menores
PIB da agropecuária deve cair 8,9%, diz CNA
FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PIB (Produto Interno Bruto)
do setor agropecuário deve apresentar neste ano queda de R$
14,23 bilhões em comparação
com o resultado obtido em 2004.
A estimativa é que o PIB atinja
R$ 146,42 bilhões, ou 8,86% a menos que os R$ 160,65 bilhões do
ano passado. A previsão é de estudo da CNA (Confederação de
Agricultura e Pecuária do Brasil) e
do Cepea (Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Os dados mostram retração em
comparação a 2004 e também deterioração ao longo do ano. Em
junho, levantamento das mesmas
entidades estimava o PIB agropecuário em R$ 150,69 bilhões.
De acordo com o chefe do departamento econômico da CNA,
Getúlio Pernambuco, a contração
desse indicador já afeta também o
conjunto do agronegócio, que envolve os setores de insumos, indústria e distribuição. A agropecuária é a produção.
A perda do PIB do agronegócio
deverá ser menor e está estimada,
neste ano, em R$ 1,85 bilhão. No
ano passado, foram R$ 533,98 bilhões, e agora são esperados R$
532,13 bilhões (-0,35%).
A agricultura apresenta maior
peso na formação do PIB agropecuário e registrará retração maior
do que a pecuária.
Separadamente, a estimativa é
que o setor represente R$ 81,44 bilhões em 2005, uma queda de
14,6% em relação ao ano passado,
R$ 95,43 bilhões.
"A perda de dinamismo da produção agrícola acontece por causa da queda de produção acompanhada pelo recuo dos preços."
Pernambuco disse que fatores
climáticos desfavoráveis resultaram na quebra da safra. Além disso, houve queda no preço pago ao
agricultor. Já o PIB da pecuária
deve cair de R$ 65,22 bilhões para
R$ 64,97 bilhões (-0,38%).
A CNA também avaliou os resultados acumulados no ano das
exportações do agronegócio, que
até agora registraram US$ 24,2 bilhões (alta de 9,1%).
"É provável que o complexo
carnes ocupe o primeiro lugar no
ranking de exportações", disse o
chefe do departamento de assuntos internacionais e comércio exterior da CNA, Antônio Donizeti
Beraldo. Nos últimos cinco anos,
o complexo soja (grãos, farelo e
óleo) ocupou o posto.
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