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MERCADO FINANCEIRO
Sem fatos novos, dólar recua 1,81%, risco-país volta a fechar abaixo dos 400 pontos e Bovespa sobe 1,57%
Investidor respira com trégua da crise política
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi só a agenda política esfriar
um pouco para os investidores
voltarem a dar mais atenção aos
dados positivos da economia brasileira. O resultado foi dólar e juros em baixa, Bolsa em alta.
Sem um noticiário político de
peso no fim de semana, o dólar se
beneficiou da entrada de recursos
vindos de fora e da forte presença
de exportadores. A moeda norte-americana caiu 1,81% e terminou
o dia a R$ 2,331.
No mercado internacional, o
petróleo deu uma trégua, depois
de subir de forma preocupante
nos últimos dias.
O risco-país brasileiro recuou
2,22% e fechou em 396 pontos. O
Global 40, título da dívida externa
brasileira, subiu 0,29%.
A Bovespa teve valorização de
1,57% e foi aos 27.375 pontos,
maior patamar desde março.
A ação ON (ordinária) do Banco do Brasil foi uma das que mais
subiram no pregão de ontem
(4,31%), impulsionada pelo resultado da instituição financeira. No
primeiro semestre deste ano, o
banco teve lucro líquido de R$
1,979 bilhão, montante 39,3% superior ao registrado em igual período de 2004.
Operadores falaram que o movimento de ontem também foi
uma correção dos exageros do
mercado na semana passada. Temores mais fortes em relação aos
desdobramentos da crise política
levaram a uma piora significativa
do mercado, especialmente na última quinta-feira. Mas, apesar do
dia positivo, analistas afirmam
que pregões turbulentos podem
acontecer durante a semana, dependendo do cenário político.
Entre hoje e amanhã, o Copom
(Comitê de Política Monetária) se
reúne para anunciar como fica a
taxa básica de juros da economia.
A Selic, que serve de referência
para as outras taxas praticadas no
mercado financeiro, está em
19,75%. A maioria do mercado espera que a Selic seja mantida agora e só comece a ser cortada a partir de setembro, para chegar próxima dos 18% no fim de 2005.
Ontem, os juros futuros recuaram na BM&F, mas nada que altere as previsões para a reunião
do Copom. Alguns investidores
preferiram comprar contratos de
vencimento mais curto e se proteger contra uma hipotética queda
da Selic neste momento.
A taxa do contrato DI (Depósito
Interfinanceiro) com resgate em
janeiro de 2007, o mais negociado, caiu de 17,99% para 17,80%.
(FABRICIO VIEIRA)
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