São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Sem fatos novos, dólar recua 1,81%, risco-país volta a fechar abaixo dos 400 pontos e Bovespa sobe 1,57%

Investidor respira com trégua da crise política

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi só a agenda política esfriar um pouco para os investidores voltarem a dar mais atenção aos dados positivos da economia brasileira. O resultado foi dólar e juros em baixa, Bolsa em alta.
Sem um noticiário político de peso no fim de semana, o dólar se beneficiou da entrada de recursos vindos de fora e da forte presença de exportadores. A moeda norte-americana caiu 1,81% e terminou o dia a R$ 2,331.
No mercado internacional, o petróleo deu uma trégua, depois de subir de forma preocupante nos últimos dias.
O risco-país brasileiro recuou 2,22% e fechou em 396 pontos. O Global 40, título da dívida externa brasileira, subiu 0,29%.
A Bovespa teve valorização de 1,57% e foi aos 27.375 pontos, maior patamar desde março.
A ação ON (ordinária) do Banco do Brasil foi uma das que mais subiram no pregão de ontem (4,31%), impulsionada pelo resultado da instituição financeira. No primeiro semestre deste ano, o banco teve lucro líquido de R$ 1,979 bilhão, montante 39,3% superior ao registrado em igual período de 2004.
Operadores falaram que o movimento de ontem também foi uma correção dos exageros do mercado na semana passada. Temores mais fortes em relação aos desdobramentos da crise política levaram a uma piora significativa do mercado, especialmente na última quinta-feira. Mas, apesar do dia positivo, analistas afirmam que pregões turbulentos podem acontecer durante a semana, dependendo do cenário político.
Entre hoje e amanhã, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para anunciar como fica a taxa básica de juros da economia. A Selic, que serve de referência para as outras taxas praticadas no mercado financeiro, está em 19,75%. A maioria do mercado espera que a Selic seja mantida agora e só comece a ser cortada a partir de setembro, para chegar próxima dos 18% no fim de 2005.
Ontem, os juros futuros recuaram na BM&F, mas nada que altere as previsões para a reunião do Copom. Alguns investidores preferiram comprar contratos de vencimento mais curto e se proteger contra uma hipotética queda da Selic neste momento.
A taxa do contrato DI (Depósito Interfinanceiro) com resgate em janeiro de 2007, o mais negociado, caiu de 17,99% para 17,80%.
(FABRICIO VIEIRA)


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