da Reportagem Local

Com pouca liquidez e sem fatos novos, o dólar comercial passou o dia oscilando, ontem, e fechou com uma alta de apenas 0,05%, cotado a R$ 1,880.
O dia foi de poucos negócios. Os lotes eram, em média, com valores inferiores a R$ 50 milhões. As operações de compra e venda passaram a determinar o valor da moeda. A cotação chegou à mínima de R$ 1,869 e à máxima de R$ 1,886.
O Banco Central ofertou ao mercado R$ 2,5 bilhões em NBC-Es (papéis reajustados pelo câmbio e mais juros), com vencimento em maio de 2001.
O lote foi parte da renovação da dívida atual -não um leilão de títulos extraordinários.
O mercado absorveu apenas R$ 1,731 bilhão. Como os juros pagos foram bons (14,99% ao ano), a percepção foi que a demanda por hedge (proteção) está diminuindo. O BC vai recolocar R$ 700 milhões em leilão no próximo dia 22.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve um volume financeiro 37% menor do que anteontem. E caiu 1,71%, acompanhando a queda em Nova York (1%) e "realizando lucro".
Até a abertura dos negócios ontem a Bovespa tinha acumulado alta no mês de 8,47%. Assim, os investidores locais venderam parte das ações valorizadas, embolsando o lucro obtido no período.
O ritmo de retirada de dinheiro estrangeiro aplicado na Bolsa diminuiu no início deste mês.
Nos dez últimos dias de agosto, as saídas de recursos haviam superado as entradas em R$ 224,74 milhões. Nos dez primeiros dias de setembro, o saldo ficou negativo em apenas R$ 11,971 milhões (uma redução de 94,67%).
A entrada de recurso externo se dá pela compra de ações. A saída, pela venda. No ano, o saldo é positivo em cerca de R$ 2,642 bilhões.
Apesar de o saldo parcial ainda estar negativo, a perspectiva é de melhoria até o fim do mês, voltando a fechar com saldo positivo. "Podemos perceber pela melhora no volume financeiro. Aos poucos, estamos vendo a retomada de investimento estrangeiro", disse Fernando Ravazi, da SLW Corretora de Valores.
(MARCELO DIEGO)


Texto Anterior: Empresas: Grupo Ultra anuncia abertura de capital
Próximo Texto: Imagem do governo: Indústria rebaixa a avaliação de FHC
Índice