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RETOMADA
Expansão só perde para a do Amazonas (14%); RJ tem o pior resultado
Produção da indústria de SP aumenta 11% até julho
GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO
O Estado de São Paulo registrou
expansão de 11,2% na produção
industrial nos sete meses deste
ano em comparação com o mesmo período do ano passado e ficou em segundo lugar no ranking
das 14 regiões pesquisadas pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A produção paulista só perdeu
para a do Amazonas, que acumulou 13,8% de crescimento de janeiro a julho de 2004. Na outra
ponta, o Rio de Janeiro ficou em
último lugar, com expansão de
apenas 0,2%. Minas Gerais ficou
em penúltimo, com aumento de
3,3% na produção da indústria.
Nos sete meses de 2004, a indústria cresceu 7,8% no Brasil, conforme dados divulgados na semana passada pelo IBGE. Em comparação com junho, a produção
de julho registrou uma expansão
de 0,5%, o quinto aumento consecutivo do ano. Na pesquisa regional, o IBGE não faz a comparação
com o mês anterior.
Além de Amazonas e de São
Paulo, três outras regiões registraram altas acima da média nacional -Santa Catarina (9,9%), Bahia (9,1%) e Pará (8,9%). Com relação a São Paulo, a alta de 11,2% é
explicada principalmente pelo
aumento da produção da indústria de material eletrônico e equipamentos de comunicações, com
182%, e veículos, com 35,4%.
Segundo o IBGE, a alta nas taxas
da indústria do Amazonas também está influenciada pela produção de eletroeletrônicos e telefones celulares, que teve um crescimento de 30,9%.
Os dados das duas regiões confirmam o padrão de crescimento
da indústria brasileira, embasado
em bens duráveis, como veículos,
eletrodomésticos e móveis -cujo
consumo está sendo estimulado
pela facilidade de obtenção de
crédito-, e em bens de capital,
que identifica se as empresas estão ampliando ou modernizando
a sua capacidade instalada.
Na pesquisa nacional, a produção de bens de capital teve expansão de 24,9% nos sete meses deste
ano, a maior de todos os setores.
A de bens duráveis, de 24,5%.
O Rio, por sua vez, comprova
que o desempenho da produção
industrial está atrelado à indústria
extrativa, ou seja, principalmente
à produção de petróleo. A indústria extrativa acumula queda de
5,5% em sua produção.
Segundo a Petrobras, a queda
na produção de petróleo é resultado de paralisações em plataformas para manutenção e de atraso
na construção de novas unidades.
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