São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

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RETOMADA

Expansão só perde para a do Amazonas (14%); RJ tem o pior resultado

Produção da indústria de SP aumenta 11% até julho

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DO RIO

O Estado de São Paulo registrou expansão de 11,2% na produção industrial nos sete meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e ficou em segundo lugar no ranking das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A produção paulista só perdeu para a do Amazonas, que acumulou 13,8% de crescimento de janeiro a julho de 2004. Na outra ponta, o Rio de Janeiro ficou em último lugar, com expansão de apenas 0,2%. Minas Gerais ficou em penúltimo, com aumento de 3,3% na produção da indústria.
Nos sete meses de 2004, a indústria cresceu 7,8% no Brasil, conforme dados divulgados na semana passada pelo IBGE. Em comparação com junho, a produção de julho registrou uma expansão de 0,5%, o quinto aumento consecutivo do ano. Na pesquisa regional, o IBGE não faz a comparação com o mês anterior.
Além de Amazonas e de São Paulo, três outras regiões registraram altas acima da média nacional -Santa Catarina (9,9%), Bahia (9,1%) e Pará (8,9%). Com relação a São Paulo, a alta de 11,2% é explicada principalmente pelo aumento da produção da indústria de material eletrônico e equipamentos de comunicações, com 182%, e veículos, com 35,4%.
Segundo o IBGE, a alta nas taxas da indústria do Amazonas também está influenciada pela produção de eletroeletrônicos e telefones celulares, que teve um crescimento de 30,9%.
Os dados das duas regiões confirmam o padrão de crescimento da indústria brasileira, embasado em bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos e móveis -cujo consumo está sendo estimulado pela facilidade de obtenção de crédito-, e em bens de capital, que identifica se as empresas estão ampliando ou modernizando a sua capacidade instalada.
Na pesquisa nacional, a produção de bens de capital teve expansão de 24,9% nos sete meses deste ano, a maior de todos os setores. A de bens duráveis, de 24,5%.
O Rio, por sua vez, comprova que o desempenho da produção industrial está atrelado à indústria extrativa, ou seja, principalmente à produção de petróleo. A indústria extrativa acumula queda de 5,5% em sua produção.
Segundo a Petrobras, a queda na produção de petróleo é resultado de paralisações em plataformas para manutenção e de atraso na construção de novas unidades.


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