São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

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Protesto tem fundo político, diz sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

Para a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT), a paralisação dos bancários da capital teve motivação política. Na última segunda-feira, o PSTU utilizou parte do horário destinado à propaganda eleitoral para convocar os bancários a recusarem a proposta de acordo salarial negociada entre sindicalistas e representantes dos bancos.
"O PSTU aproveitou um espaço eleitoral para fazer uma disputa sindical. Apresentamos uma proposta clara, fruto de uma negociação e que previa aumento real", disse o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, que pertence à corrente Articulação Sindical, majoritária no comando do sindicato. Dos 88 diretores da entidade, 78 pertencem a essa tendência. Os demais são da oposição -correntes ligadas ao PSTU e à esquerda do PT.
"Nós usamos o nosso espaço para divulgar a campanha salarial dos bancários e defender o salário dos trabalhadores. Não defendemos a proposta porque esse é o setor que mais lucra no país. Desde 1994, o lucro dos bancos cresceu mais de 1.000%, enquanto os salários foram sendo achatados", diz Dirceu Travesso, diretor do sindicato e candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo. "Não imaginava que vinte e poucos segundos fariam tanto estrago." (CR)

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