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TRABALHO
Para sindicalistas, movimento teve adesão de 50 mil funcionários; paralisação deve se estender hoje a outros Estados
Greve dos bancários atinge quatro capitais
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A greve dos bancários, iniciada
ontem em quatro capitais, atingiu
cerca de 250 agências e teve a adesão de 50 mil funcionários, principalmente de bancos públicos, segundo informou a CNB-CUT
(Confederação Nacional dos Bancários). A paralisação continua
hoje em São Paulo, no Rio, em
Florianópolis e em Brasília e deve
se estender a outros Estados.
Em Porto Alegre, a greve começa hoje. No Espírito Santo, os funcionários aprovaram greve a partir do dia 21 deste mês.
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) não divulgou
números nacionais, mas informou que em São Paulo cem agências das 6.000 existentes não funcionaram ontem e que no Rio a
proporção foi semelhante.
A paralisação foi aprovada em
assembléia anteontem à noite,
após a categoria recusar a proposta negociada entre sindicalistas e
representantes do setor bancário.
A proposta previa reajuste de
8,5% a 12,77%, dependendo da
faixa salarial, o que garantiria aumento real de 1,74% a 5,75% nos
salários, além de PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
"Desde 2000, a categoria vinha
recebendo abono com reajuste
salarial inferior à inflação. Neste
ano, não negociamos abono. Insistimos em negociar aumento
real para repor o poder de compra", diz Luiz Cláudio Marcolino,
presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT). "Retomamos a proposta original para
pedir 25% de reajuste e PLR de
um salário mais R$ 1.200."
"Chegamos ao limite. Não há
mais o que conceder", disse Magnus Apostólico, coordenador de
negociações trabalhistas da Fenaban (federação dos bancos).
Os números do sindicato para o
movimento em São Paulo divergem dos da Febraban -184 agências e locais de trabalho fechados.
A greve se concentrou no centro
-principalmente no BB na CEF.
No Rio, a adesão foi de 70%, segundo o sindicato da categoria.
Em Brasília, a paralisação também foi mais forte na Caixa e no
BB. A adesão teria sido de 70% na
Caixa e de 90% no BB. A Caixa informou que houve "paralisações
pontuais" nas suas agências. O BB
informou que registrou paralisações em Brasília, São Paulo (20%),
Rio (50%) e Florianópolis (90%).
O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, que presidiu o sindicato da categoria em São Paulo,
informou, por meio de sua assessoria, que "o governo Lula respeita todos os movimentos sociais,
como o dos bancários".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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