São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Como não havia consenso sobre juros, investidor preferiu cautela nos negócios; dólar recuou para R$ 2,902

Bolsa tem dia fraco na expectativa do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

À espera da decisão do Copom em relação à taxa básica de juros, o mercado financeiro teve um dia de pouca movimentação. Como não havia consenso quanto ao rumo dos juros, investidores preferiram ser cautelosos nos negócios de ontem. A Bovespa teve modesta alta de 0,15%. O dólar recuou 0,27%, para R$ 2,902.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o número de contratos DI (juro interbancário) negociados foi cerca de 30% menor que o dia anterior.
Ontem o Copom anunciou, no início da noite, sua decisão sobre os juros básicos da economia, que foram elevados de 16% para 16,25% ao ano. A decisão não deve ter impacto mais forte na abertura do mercado financeiro, pois era esperada por grande parte dos investidores.
As instituições financeiras reduziram um pouco mais as projeções dos juros nos contratos de prazos mais longos, como forma de minimizar o risco de suas apostas. O que os bancos fizeram foi vender contratos mais longos e comprar papéis mais curtos, ficando com posições em contratos DI de prazos diferenciados.
Nos DIs mais curtos, as taxas subiram um pouco. No contrato que vence na virada do mês, a taxa foi de 16,13% para 16,15%, mostrando a expectativa do mercado de que a taxa básica subiria. No contrato que vence em abril de 2005, o segundo mais negociado, a taxa recuou de 17,32% para 17,25%.
Enquanto o mercado comemora uma onda de captações fechadas por bancos e empresas brasileiras no mercado internacional, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo segue negativo. Nos primeiros dez dias do mês, as vendas de ações pelos estrangeiros superaram as compras em R$ 228,4 milhões. Esse saldo está negativo pelo quarto mês seguido.
Ontem o banco Schahin fechou a captação de US$ 18 milhões no exterior. A oferta inicial do banco foi de US$ 10 milhões. Segundo Marcos Preto, executivo do banco, os títulos por meio do qual foi realizada a operação foram comprados por mais de 35 instituições da Europa e dos EUA.
As ações da Embraer estiveram entre as maiores perdas do pregão da Bolsa, refletindo a notícia de que a empresa suspendeu entregas de aeronaves. O papel PN da Embraer caiu 2,9%, e o ON recuou 1,7%. (FABRICIO VIEIRA)


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