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MERCADO FINANCEIRO
Como não havia consenso sobre juros, investidor preferiu cautela nos negócios; dólar recuou para R$ 2,902
Bolsa tem dia fraco na expectativa do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
À espera da decisão do Copom
em relação à taxa básica de juros,
o mercado financeiro teve um dia
de pouca movimentação. Como
não havia consenso quanto ao rumo dos juros, investidores preferiram ser cautelosos nos negócios
de ontem. A Bovespa teve modesta alta de 0,15%. O dólar recuou
0,27%, para R$ 2,902.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o número de
contratos DI (juro interbancário)
negociados foi cerca de 30% menor que o dia anterior.
Ontem o Copom anunciou, no
início da noite, sua decisão sobre
os juros básicos da economia, que
foram elevados de 16% para
16,25% ao ano. A decisão não deve ter impacto mais forte na abertura do mercado financeiro, pois
era esperada por grande parte dos
investidores.
As instituições financeiras reduziram um pouco mais as projeções dos juros nos contratos de
prazos mais longos, como forma
de minimizar o risco de suas
apostas. O que os bancos fizeram
foi vender contratos mais longos e
comprar papéis mais curtos, ficando com posições em contratos
DI de prazos diferenciados.
Nos DIs mais curtos, as taxas
subiram um pouco. No contrato
que vence na virada do mês, a taxa foi de 16,13% para 16,15%,
mostrando a expectativa do mercado de que a taxa básica subiria.
No contrato que vence em abril de
2005, o segundo mais negociado,
a taxa recuou de 17,32% para
17,25%.
Enquanto o mercado comemora uma onda de captações fechadas por bancos e empresas brasileiras no mercado internacional,
o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa de Valores de São
Paulo segue negativo. Nos primeiros dez dias do mês, as vendas
de ações pelos estrangeiros superaram as compras em R$ 228,4
milhões. Esse saldo está negativo
pelo quarto mês seguido.
Ontem o banco Schahin fechou
a captação de US$ 18 milhões no
exterior. A oferta inicial do banco
foi de US$ 10 milhões. Segundo
Marcos Preto, executivo do banco, os títulos por meio do qual foi
realizada a operação foram comprados por mais de 35 instituições
da Europa e dos EUA.
As ações da Embraer estiveram
entre as maiores perdas do pregão
da Bolsa, refletindo a notícia de
que a empresa suspendeu entregas de aeronaves. O papel PN da
Embraer caiu 2,9%, e o ON recuou 1,7%.
(FABRICIO VIEIRA)
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