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Ford demitirá 10 mil para economizar US$ 5 bilhões
Montadora anuncia reestruturação com corte em fábricas na América do Norte
Empresa também vai oferecer plano de demissão incentivada de até US$ 140
mil a todos os operários na
região e fechar 2 fábricas
DA REDAÇÃO
A Ford anunciou ontem seu
novo plano de reestruturação,
que deve gerar economia de
US$ 5 bilhões e prevê a demissão de mais 10 mil funcionários
administrativos. A montadora
também oferecerá programa
de demissão incentivada a todos os seus 75 mil operários e
fechará mais duas fábricas na
América do Norte.
A Ford do Brasil disse que o
plano de reestruturação não terá reflexos na operação da
montadora no país.
O objetivo da Ford com a terceira reestruturação em cinco
anos é tornar-se uma montadora menor e mais competitiva.
As montadoras norte-americanas, principalmente a Ford e a
GM, vêm tendo prejuízos devido a mudanças nas preferências dos consumidores.
Os clientes na América do
Norte, preocupados com a alta
do preço dos combustíveis,
vêm comprando mais carros
menores e mais econômicos
das montadoras asiáticas, como Toyota e Honda.
O anúncio do fechamento de
mais duas fábricas leva o total
de instalações a serem fechadas
a 16 na América do Norte. Até
2008, a capacidade de produção da montadora será 26%
menor que os níveis de 2005.
No total, a montadora quer
demitir 30 mil operários, ou
29% de sua força de trabalho
das fábricas, até 2008, quatro
anos antes do previsto anteriormente.
O pacote de incentivo oferecido aos operários é de até US$
140 mil. Alguns analistas dizem, porém, que a Ford tem
funcionários mais jovens e que
a montadora pode ter mais problemas para convencê-los a
aceitar os incentivos do que outras empresas.
A Ford disse que já demitiu
4.000 funcionários administrativos no primeiro trimestre,
e sua força de trabalho dos escritórios deve ser reduzida em
30% de acordo com o plano.
Modelo da GM
A Ford está tentando reduzir
sua força de trabalho de modo
semelhante ao que foi feito pela
General Motors. A GM ofereceu demissão incentivada a todos os seus operários, e mais de
34 mil aceitaram. Além disso, a
GM demitiu 2.000 funcionários administrativos neste ano.
A Ford, a GM e a Chrysler
(unidade da DaimlerChrysler)
enfrentam o crescimento de
seus custos relacionados à força de trabalho, devido principalmente às pensões e ao plano
de saúde pago aos funcionários
aposentados.
As montadoras asiáticas, que
estão nos EUA há menos tempo, negociaram contratos diferentes com seus funcionários,
geralmente com menos benefícios, e não têm tantos trabalhadores aposentados.
Mudança de comando
O novo presidente da Ford,
Alan Mullaly, que substituiu
Bill Ford, foi responsável pela
recuperação da divisão de
aviões comerciais da Boeing, e
espera-se que ele lidere a recuperação da montadora.
"A coisa mais importante que
podemos fazer é adequar nossa
empresa e nossa capacidade à
demanda atual e, além disso,
continuar investindo em produtos e serviços -carros e picapes- que os clientes realmente
querem", disse o executivo.
Bill Ford disse que sua família, que controla 40% da Ford,
não tem interesse em fechar o
capital da empresa. Havia rumores de que, como parte da
reestruturação, a montadora
deixaria de ter capital aberto.
Com agências internacionais
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