São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2004

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CRÉDITO

Após elevação da Selic, taxa média aumenta tanto para as pessoas físicas como para as jurídicas entre agosto e setembro

Juro volta a subir para empresa e consumidor

DA FOLHA ONLINE
DA REDAÇÃO

O consumidor já sentiu no bolso os efeitos da decisão do mês passado do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), que elevou a Selic para 16,25% ao ano. A taxa média de juros cobrada do consumidor, que era de 140,58% ao ano em agosto, passou para 142,20% em setembro.
Com esse movimento, a taxa média interrompeu a trajetória de queda verificada nos meses de julho e agosto. Ela reflete a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (usada como referência na economia) em 0,25 ponto percentual.
Os dados foram divulgados ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças). Segundo a entidade, o avanço pode ser explicado pelo aumento da taxa média mensal de juros cobrada no cheque especial e no empréstimo pessoal concedido por financeiras.
A taxa média do cheque especial passou de 7,76% ao mês em agosto para 8,28% ao mês em setembro. Foi a maior taxa cobrada para essa modalidade de crédito desde junho. Anualizada, a taxa passou de 145,18% para 159,76%.
Também subiu a taxa média dos empréstimos de financeiras, que passou de 12,07% ao mês em agosto para 12,15% ao mês setembro. Foi a maior taxa já cobrada desde julho de 2004. Em bases anuais, essa modalidade de crédito passou de 292,53% para 295,91%.
Já os juros médios cobrados no comércio, no cartão de crédito, no CDC (Credito Direto ao Consumidor) bancário e nos empréstimos concedidos por bancos caíram em relação a agosto.
Apesar do recuo, os juros cobrados seguem em patamares altos. A taxa média em operações com cartão de crédito recuou de 218,32% ao ano para 213,84%.
A taxa média de juros cobrada de pessoas jurídicas (empresas) também avançou, de agosto para setembro, passando de 66,88% ao ano para 67,27%. Embora operações de capital de giro, desconto de duplicatas e desconto de cheque tenham ficado menos onerosa, houve um salto nos juros cobrados nas atividades chamadas de conta garantida -uma espécie de cheque especial para empresas. Os juros dessas operações passaram de 90,34% ao ano para 94,05%.


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