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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Estudo mostra que BC tem espaço para mais corte do juro
Apesar de o mercado estar
dividido em relação à decisão
de amanhã do Copom, há praticamente um consenso entre a
maioria dos analistas de que há
espaço para mais cortes de 0,25
ponto na taxa básica de juro
sem provocar pressão inflacionária.
"Não vejo nenhuma razão
para o Banco Central não promover mais um corte no juro
nesta semana", diz Delfim Netto. "Mas eu acho que o Banco
Central não sabe o que vai fazer, e talvez a coisa mais fácil
seja não mexer no juro".
Um dos indicadores apontados pelo Banco Central, tanto
na última ata do Copom como
no Relatório da Inflação, como
fundamental para justificar
uma freada no corte de juros
seria a elevação do NUCI (Nível
de Utilização da Capacidade
Instalada) da indústria.
O aumento do Nuci, na visão
do Banco Central, seria um sinal de a demanda estar crescendo acima da oferta, e isso
significa risco de pressão inflacionária.
Em trabalho recente, a Fiesp
mostra que, ao contrário do
Banco Central, o alto nível de
utilização da capacidade instalada não significa que a indústria estaria trabalhando no máximo de seu limite de produção.
Isso seria válido para setores
industriais de processo contínuo, como nos segmentos de
metalurgia, siderurgia e papel e
celulose, mas já para os demais
não funciona assim.
A indústria automobilística,
por exemplo, tem meios de aumentar oferta com a ampliação
das horas extras, novos turnos
de trabalho ou ainda investimentos pontuais.
No Brasil, inclusive, segundo
a Fiesp, dado o histórico de sucessivas expansões e retrações
de mercado, as empresas esperam fortes altas do NUCI para
dar partida aos novos planos de
investimento. E, no atual cenário de estabilidade, o investimento vem se expandindo a taxas elevadas e persistentes. O
investimento cresce no país há
11 trimestres consecutivos.
Dessa forma, segundo a
Fiesp, "uma elevação ou mesmo a manutenção do nível
atual da taxa Selic neste momento reduziria o nível de atividade e abortaria o processo
virtuoso de expansão da oferta
industrial".
De acordo com a Fiesp, o NUCI não seria motivo para estancar os cortes da Selic.
PLATÉIA
A Aliante, especializada em eventos estratégicos para
aprendizado de executivos, estréia hoje a peça Rei Arthur,
no Hotel Renaissence, em SP. O espetáculo, escrito por Sérgio Motta, presidente da Aliante, reúne técnicas de teatro e treinamento corporativo. O trabalho é destinado a convenções empresariais, programas de relacionamento, treinamento de vendas e outros. "O executivo Rei Arthur procura
dez profissionais, os cavaleiros, no mercado de trabalho, para compor uma equipe", diz Motta. O "mercado de trabalho", no caso, é a platéia, que interage com os atores. Na estréia, para funcionários da Intel, também foram convidados representantes de empresas como Pfizer, Atento e Bradesco.
GIRL POWER
Pela primeira vez, uma
mulher vai dirigir um dos
132 sindicatos do sistema
Fiesp. Trata-se da engenheira Vivien Mello Suruagy,
que assumirá hoje a presidência do Sindinstalação
(sindicato da indústria de
instalação). O principal projeto de Suruagy é fortalecer
o sindicato, que atua nas
áreas elétrica, mecânica, hidráulica e gás.
INVESTIMENTO: ABDI LANÇARÁ PROJETO NACIONAL DE TRANSPARÊNCIA JURÍDICA
Tornar o Brasil mais atraente ao investimento, com regras
mais transparentes e maior agilidade e previsibilidade no
comportamento dos órgãos públicos é a meta do novo projeto da Abdi (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), a ser lançado na próxima semana. Com a participação
de entidades do governo federal, de fiscalização e da iniciativa privada, o projeto não deve criar uma lei nova, mas compilar as iniciativas que já existem em órgãos para a melhoria
do ambiente de investimento. O objetivo é que os investidores possam ter uma percepção sem preconceitos do ambiente jurídico brasileiro. O macroindicador usado como base é o
relatório "Doing Business" do Banco Mundial.
GUERRA DAS LOIRAS
Segundo dados da Nielsen
de setembro, a Skol cresceu
0,3 pontos percentuais na
capital, alcançando 22,6%. A
Brahma cresceu 0,1 ponto e
continua líder com 32,4% do
mercado. A Antarctica, estável na terceira posição, tem
8,8%. A Schin caiu 0,4 pontos, registrando o pior índice
do ano desde fevereiro,
7,4%. A Sol continua com
0,9% de participação.
ENERGIA
Os painéis solares (coletores de energia) são os mais
recentes produtos credenciados no Cartão BNDES. O
potencial de crescimento do
mercado foi atestado com a
aprovação da lei, pelo Estado de São Paulo, que determina a instalação dos painéis em novas construções
que tenham três banheiros
ou mais por unidade.
ORGÂNICOS
Com a missão de expandir
a exportação de produtos orgânicos brasileiros, o projeto organicsBrasil aumentou
o número de empresas associadas de 33 para 42 em menos de um ano. O gestor do
projeto, Ming Liu, acredita
que o valor de exportações
desse grupo deve fechar em
US$ 36 milhões. Entre os
produtos exportados estão
de cachaça a cosméticos que
são vendidos na francesa
Galeria Lafaiette e na americana Whole Foods.
NA TAÇA
Elvezia Sbalchiero, da vinícola italiana A Mano, desembarca no Brasil para mostrar seus vinhos; no roteiro, restaurantes de São Paulo, Rio, Porto Alegre, Goiânia e Vitória
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