São Paulo, sexta-feira, 16 de outubro de 2009

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Oi diz preferir GVT nas mãos da Telefônica

EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em surpreendente declaração, a Oi afirmou ontem preferir que sua concorrente Telefônica compre o controle acionário da operadora GVT, em vez do grupo francês Vivendi.
"Eu acharia estranho se a Vivendi entrasse no mercado brasileiro. Iria balançar um pouco nosso modelo", afirmou o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco.
A empresa GVT compete com a Oi em telefonia fixa residencial nas regiões Sul e Centro-Oeste e ainda em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Em tese, a Oi deveria preferir a entrada de um novo investidor ao fortalecimento da concorrente.
Mas, para Falco, a Vivendi não conhece os custos no Brasil, como a Telefônica, e poderia jogar os preços dos serviços para baixo, o que seria ruim para o "sistema".
"Inicialmente, pode ser bom para o consumidor, que tem uma vantagem de curto prazo, mas a longo prazo isso destrói a indústria."
A Telefônica apoiou a compra da Brasil Telecom pela Oi, em 2008. Questionado se sua declaração em favor da Telefônica seria uma retribuição, Falco disse que a Telefônica conhece bem o Brasil, os custos das licenças, dos tributos e o retorno dos investimentos e "não vai esquecer nada na hora de fazer a equação dos custos".
Em setembro, o grupo Vivendi fez uma oferta pública de compra de 100% das ações da GVT, ao preço de R$ 42 por ação, que corresponde ao total de R$ 5,4 bilhões.
Em outubro, a Telefônica anunciou uma oferta pública de compra a R$ 48 por ação, correspondente a R$ 6,5 bilhões. Os acionistas responderão no início de novembro.


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