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Oi diz preferir GVT nas mãos da Telefônica
EM SÃO PAULO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em surpreendente declaração, a Oi afirmou ontem
preferir que sua concorrente
Telefônica compre o controle acionário da operadora
GVT, em vez do grupo francês Vivendi.
"Eu acharia estranho se a
Vivendi entrasse no mercado
brasileiro. Iria balançar um
pouco nosso modelo", afirmou o presidente da Oi, Luiz
Eduardo Falco.
A empresa GVT compete
com a Oi em telefonia fixa residencial nas regiões Sul e
Centro-Oeste e ainda em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Em tese, a Oi deveria
preferir a entrada de um novo investidor ao fortalecimento da concorrente.
Mas, para Falco, a Vivendi
não conhece os custos no
Brasil, como a Telefônica, e
poderia jogar os preços dos
serviços para baixo, o que seria ruim para o "sistema".
"Inicialmente, pode ser
bom para o consumidor, que
tem uma vantagem de curto
prazo, mas a longo prazo isso
destrói a indústria."
A Telefônica apoiou a
compra da Brasil Telecom
pela Oi, em 2008. Questionado se sua declaração em favor da Telefônica seria uma
retribuição, Falco disse que a
Telefônica conhece bem o
Brasil, os custos das licenças,
dos tributos e o retorno dos
investimentos e "não vai esquecer nada na hora de fazer
a equação dos custos".
Em setembro, o grupo Vivendi fez uma oferta pública
de compra de 100% das ações
da GVT, ao preço de R$ 42
por ação, que corresponde ao
total de R$ 5,4 bilhões.
Em outubro, a Telefônica
anunciou uma oferta pública
de compra a R$ 48 por ação,
correspondente a R$ 6,5 bilhões. Os acionistas responderão no início de novembro.
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