São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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AMAZÔNIA

Empresa contesta cientistas sobre impacto de nova usina

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas responsáveis pelo projeto das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, contestam os argumentos de cientistas de que a construção das represas previstas pode colocar em risco ecossistemas no Brasil e na Bolívia. O projeto foi concebido "para que seus impactos ambientais se restringissem unicamente ao território nacional", afirma comunicado enviado à Folha pelas empresas Furnas, Odebrecht e Leme Engenharia.
O documento desqualifica as críticas feitas por especialistas que, a pedido do Ministério Público de Rondônia, comentaram o estudo de impacto ambiental realizado pelas três companhias. Os responsáveis pelo projeto negam, por exemplo, que as usinas vão impor um regime de cheia permanente nas regiões de igapós da bacia do Madeira, prejudicando o ecossistema local. "O nível de água na barragem de Jirau chegará à cota mínima de 82,50 m [altitude natural] na seca", diz o comunicado.
As empresas também negam que o modelo matemático usado para prever a dinâmica de deposição de sedimentos é precário e que a pressão das turbinas destruirá ovos de peixes que descem a corrente. "A grande maioria dos ovos e larvas que chegarem às barragens serão conduzidos para o trecho abaixo pelos vertedores, e não pelas turbinas", argumentam. (RAFAEL GARCIA)


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