São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

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Mantega diz que grupo assumiu o papel do G7

DA ENVIADA A WASHINGTON

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou ontem a reorganização da ordem decisória mundial como um dos principais avanços da cúpula do G20 que terminou ontem em Washington. "Não se trata mais do G7 [países mais ricos], que terá funções mais locais, mas do G20 na testa das decisões globais.", afirmou nos EUA.
Segundo ele, ficou a cargo do Brasil, com Reino Unido e Coréia do Sul, a organização dos grupos técnicos de trabalho antes da próxima reunião de chefes de Estado do G20, em 30 de abril. Será dos britânicos em 2009 a presidência do G20, posto atualmente ocupado pelos brasileiros. Em seguida, será a vez dos sul-coreanos.
Os grupos deverão elaborar uma proposta para oferecer novas regulamentações financeiras e sugestões de políticas em resposta à crise. Serão convidados ministros de Fazenda de outros países, técnicos e também o setor privado e os bancos centrais, de acordo com Mantega.
"A idéia que está colocada é que é preciso uma regulamentação internacional, mas que não exclua as regras nacionais. Mas não vamos inventar a roda na regulamentação. A questão é regular, definir o nível de alavancagem, estabelecer uma regra do setor financeiro não-bancário (como mercado de derivativos e de futuros)."
Mantega ressaltou ainda que venceu na cúpula a posição brasileira de politização do G20, consolidado agora como fórum de chefes de Estado e não mais de ministros ou de presidentes de bancos centrais. (AM)


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